Crato e Parnaíba. A distância que separa a cidade onde reside Pedro Manta, no sertão do Ceará, e a cidade-sede do Parnahyba, no litoral do Piauí, ajudou o pernambucano a refletir sobre seu futuro no futebol. A rápida passagem por Teresina nesse meio-tempo deu a oportunidade ao técnico de falar pela primeira vez como membro azulino. Segundo ele, a chance de fazer do Campeonato Piauiense um verdadeiro atalho na rota do seu novo clube à tão sonhada Copa do Nordeste é o principal combustível para a temporada. Manta se apresentou oficialmente à diretoria na manhã deste domingo e assiste aos seus futuros comandados duelarem com o 4 de Julho por uma vaga nas semi, a partir das 16h, no estádio Verdinho. Confira a entrevista no vídeo acima.
Leia parte da entrevista com o treinador:
Quem é Pedro Manta?
– A gente sabe a responsabilidade e conhece a torcida que o clube possui. O segredo é trabalhar com humildade, com os pés no chão. Tenho certa experiência, certa rodagem no futebol daqui do Nordeste. Trabalhei em Pernambuco, Alagoas, Ceará e agora de novo o Piauí. Fui vice-campeão piauiense (com o Picos), em 2008, mas eu volto com outra situação, um novo desafio. Quero agarrar com unhas e dentes e sei que a competição é tiro curto. Com todo o grupo, venho para trabalhar dentro dessa nossa realidade. Tenho quatro acessos da segunda para a primeira divisão do futebol pernambucano, mas as coisas fluem com o suor. O bom é você trabalhar e buscar o êxito, sempre tendo consciência do caminho. Você não faz nada sozinho.
O que mudou em você desde a última passagem pelo Piauí?
– Volto mais calejado. A gente já está um pouquinho experiente em termos de competição, sabendo o que pode e vai acontecer. É estar preparado para tudo: jogos na casa do adversário, jogos em casa, pressão… Tenho capacidade de perceber algumas coisas. O importante é passar isso para o grupo para que a gente possa ultrapassar tudo isso e colocar o Parnahyba no seu devido lugar.
Qual deve ser o seu o planejamento no clube?
– Tem o estadual que é importante, mas a Copa do Nordeste dá um molho diferente, sabe? O Piauiense é uma competição curta, rápida, com seis equipes bem qualificadas. Isso nos motiva. A gente já está estudando o Parnahyba e conheço algumas peças. Com toda essa estrutura e gestão vamos tentar buscar um lugar ao sol. O trabalho é o que qualifica as pessoas.
Qual a sua primeira ação como novo técnico?
– Domingo eu observo o jogo, mas na segunda a gente arregaça as mangas. Apesar de a gente conhecer alguns jogadores, é importante observar durante o jogo, pois não é treino. Espero que na segunda a gente já possa introduzir uma mecânica nossa para que se possa encaixar a equipe.
O que você conhece dos jogadores do Parnahyba?
– Trabalhei com vários deles: Jefferson, Totonho, Luciano, Ramon, Thiago Lima, Batata. São atletas que eu conheço bem. A gente precisa estar sempre engajado com o futebol nordestino.
Fonte: G1