A adesão do Piauí ao Plano Juventude Negra Viva (PJNV), em 2025, marcou um avanço significativo nas políticas públicas voltadas à juventude negra e no enfrentamento às desigualdades raciais no estado. A iniciativa, coordenada nacionalmente pelo Ministério da Igualdade Racial, colocou o Piauí entre os estados que assumiram protagonismo na implementação de ações estruturantes contra o racismo.

A entrada no plano deu início a um processo de articulação entre poder público, movimentos sociais, universidades e juventudes de diferentes territórios, fortalecendo o diálogo e a participação social. Ao longo do ano, o estado passou a integrar a execução inicial das ações previstas, voltadas especialmente à garantia de direitos, inclusão social e redução das violências que atingem a população jovem negra.

Um dos destaques dessa mobilização no Piauí é a atuação da estudante de Pedagogia da Universidade Federal do Piauí (UFPI), Sarah Ferreira, de 22 anos, que exerce a função de articuladora estadual do Juventude Negra Viva. Ela tem sido responsável por aproximar o plano da realidade local, promovendo debates, escutas e mobilizações junto à juventude e a diferentes segmentos da sociedade.

Sarah Ferreira, 22 anos, estudante de Pedagogia da UFPI e Articuladora Estadual do Juventude Negra Viva

Segundo a articuladora, o plano representa um marco na forma como o Estado enfrenta o racismo estrutural. A proposta vai além de ações pontuais e busca atingir as bases das desigualdades históricas, com políticas integradas que dialogam com áreas como educação, segurança, cultura, saúde e desenvolvimento social.

Lançado pelo Governo Federal, o Juventude Negra Viva reúne 217 ações organizadas em 11 eixos estratégicos, envolvendo 18 ministérios. O plano serve como diretriz para estados e municípios na construção de políticas intersetoriais voltadas à promoção da vida, da cidadania e da dignidade da juventude negra em todo o país.