O Piauí é o quarto Estado mais homofóbico do Brasil, de acordo com dados divulgados pela Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República.

O relatório colheu números a partir de denúncias de violência homofóbica em todo o país. Consideradas notificações em um universo de 100 mil habitantes, o Distrito Federal encabeça a lista, com 1,52% das ocorrências. Alagoas aparece em segundo lugar (1,51%), seguido pela Paraíba e Piauí, que totalizaram 1,22%.

Em razão deste levantamento preocupante, o deputado Fábio Novo (PT) solicitou uma audiência pública para discutir o tema na Assembleia Legislativa.

“Faremos uma audiência segunda-feira (hoje) com o Judiciário, Legislativo, Ministério Público, e todos os órgãos do Piauí para discutir esses dados, que são muito ruins para nosso Estado’’, declara.

Na ocasião, Fábio quer medidas concretas para tirar o Piauí da posição vergonhosa que ocupa no ranking divulgado pela Secretaria de Direitos Humanos. ‘’Vamos tirar encaminhamentos viáveis do que pode ser feito para modificar essa realidade”, ressalta o deputado.

O petista afirma que a homofobia ainda está enraizada no cotidiano das pessoas. “Todos os dias nós temos visto a questão da intolerância sendo manifestada através da violência.

A homofobia está cristalizando o preconceito. Basta lembrar das manifestações preconceituosas a respeito do beijo entre duas mulheres da terceira idade em uma novela”, critica Fábio Novo.

Em meio a estes dados, a Câmara Municipal envolveu-se em uma grande polêmica ao indicar o nome de Marco Feliciano (PSC) para o título de cidadão teresinense.

“A Câmara Municipal tem autonomia para apresentar propostas, mas se eu fosse vereador, eu não assinaria. Além de todo o histórico de incitação homofóbica, não percebo nenhuma contribuição dele aos teresinenses”, finaliza Fábio Novo.

Fonte: Meio Norte