No Piauí, dos 842 casos de tuberculose, apenas 54,5% dos pacientes têm cura no tratamento, número inferior à meta exigida no Estado pelo Ministério da Saúde que é 85%. Os dados são preocupantes por ser uma doença curável, mas de fácil transmissão. Uma pessoa infectada pode transmitir, pelo menos, a 15 outras pessoas no mesmo ambiente. Só este ano já foram registrados 531 casos.
A situação preocupa mais ainda aos órgãos de saúde, diante dos dados divulgados em relatório pela Organização Mundial de Saúde (OMS), que revela que em 2014 mais de um milhão de pessoas morreram com a doença. Os números se aproximam dos casos de HIV/Aids no mesmo período, que matou 1,2 milhão de pessoas infectadas.
De acordo com Ivone Venâncio, mesmo tendo cura, a Tuberculose tem afetado de maneira preocupante a população por conta da negligência dos próprios pacientes diagnosticados. “O alto número de morte e baixo de cura são explicados pelo grande número de pessoas que não continuam o tratamento quando diagnosticados e encerram antes do período recomendado, que é de seis meses, ou de pessoas que ignoram o diagnóstico, chegando a nem procurar tratamento”, explica.
Ivone Venâncio destaca a importância do diagnóstico e tratamento para a cura da Tuberculose. “Estamos trabalhando com a detecção precoce por meio dos principais sinais que é tosse com mais de três semanas, perda de peso e febre, além dos testes rápidos. Mas assim como o diagnóstico precoce, é importante o tratamento imediato para que a cadeia de transmissão da doença seja quebrada”, esclarece.
Os medicamentos para o tratamento da Tuberculose, doença infecciosa e transmissível que afeta prioritariamente os pulmões, são disponibilizado apenas pelo Sistema Único de Saúde (SUS), de maneira gratuita, em hospitais especializados.
CASOS EM TERESINA
A capital do Piauí abrange um dos maiores números de Tuberculose no Estado. Dos 531 casos registrados pela Sesapi em 2014, 306 foram apenas em Teresina. Só este ano, já foram diagnosticadas 251 pessoas infectadas.
“Esses números também indicam os pacientes que estão em tratamento. Precisamos continuar chamando a atenção dos pacientes que resistem em tomar a medicação da forma ideal, pois somente com o tratamento correto a doença terá cura”, afirma o coordenador do programa de Tuberculose da Fundação Municipal de Saúde (FMS) de Teresina, Carlos Gilvan.
Fonte: Meio Norte