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O Centro de Previsão do Tempo e Estudos Climáticos (Cptec) e a Defesa Civil, do Ministério da Integração, alertaram que poderão ocorrer pancadas de chuva localmente fortes que poderão ser acompanhadas de descargas elétricas, rajadas de vento em parte do Piauí.

A Companhia Hidro Elétrica do São Francisco (Chesf) informou que o rio Parnaíba está com uma cota média de 299 metros na Barragem de Boa Esperança, em Guadalupe, que está com volume de água correspondente a 25,5% de sua capacidade de armazenamento.

Em Teresina, o rio Parnaíba está com uma cota média de 3,81 metros; com uma vazão média de 856 metros cúbicos por segundo e chuvas de 19,5 milímetros. O nível do rio Parnaíba aumentou muito e suas correntezas estão arrastando troncos de árvores, galhos e material orgânico em grande quantidade, segundo o engenheiro Celso Neto.

Em Floriano, a cota média do rio Parnaíba está com 2,44 metros; uma vazão de 188 metros cúbicos por segundo; e chuvas de 6,8 milímetros. O rio Poti está com uma cota média de 4,06 metros, em Prata do Piauí, onde o Chesf tem um Posto de Observação, com uma vazão média de 397 metros cúbicos e chuvas com 82,8 milímetros.

Na capital, as águas do rio Poti também aumentaram muito e estão próximas das margens da Via Sul, em construção debaixo da Ponte Wall Ferraz. As correntezas estão levando os galhos e troncos de árvores para o encontro do rio Parnaíba, no Poti Velho, zona Norte da capital, e não indo para a zona Sul e o Ceará, como ocorre com frequência.

Declínio do El Niño

O fenômeno El Niño atingiu seu auge entre novembro e dezembro de 2015, segundo aponta o relatório do Grupo de Trabalho em Previsão Climática Sazonal do Ministério da Ciência e Tecnologia, do qual fazem parte o Cptec e o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Com o declínio da fase quente do El Nino, as chuvas caídas no Piauí estarão acima da média.

Segundo dados da NOAA (Administração Oceânica e Atmosférica Nacional), o índice oceânico que caracteriza sua intensidade se manteve na categoria muito forte. Sob a influência deste fenômeno, persistiu a condição de déficit pluviométrico sobre grande parte das Regiões Norte, Centro-Oeste, Nordeste e Sudeste do Brasil e superávit pluviométrico sobre a Região Sul em dezembro de 2015. Ressalta-se, porém, a mudança no padrão atmosférico que contribuiu para a ocorrência de chuvas acima da média na maior parte das Regiões Nordeste, Centro-Oeste e Sudeste do Brasil durante janeiro de 2016, interrompendo o prolongado período de estiagem sobre estas áreas.

Previsão Climática por consenso para o trimestre fevereiro a abril de 2016 (FMA/2016) indica maior probabilidade do total trimestral de chuva ocorrer na categoria abaixo da normal climatológica em grande parte das Regiões Norte e Nordeste, na faixa que vai do nordeste do Amazonas ao norte da Bahia, com distribuição de probabilidade de 25%, 30% e 45%.

Diz que a maioria dos modelos numéricos avaliados indica um declínio gradual da fase quente do fenômeno El Niño-Oscilação Sul (ENOS) até meados de 2016. A previsão por consenso indica maior probabilidade de temperaturas acima da média em quase todo o País no decorrer do referido trimestre.

Chuvas devem continuar nesta semana

Segundo informações da Gerência de Hidrometeorologia da Secretaria do Meio Ambiente e Recursos Hídricos do Piauí, as chuvas que foram registradas no final de semana continuarão nesta semana.
“Nossas estações meteorológicas registraram nas ultimas 24 horas 5,5 mm de chuva, mas sábado com 8 mm e no domingo 3 mm. Este volume é considerado normal para o período, considerando que a previsão para o mês de janeiro é de 175 mm”, afirma a meteorologista Sônia Feitosa, da Semar.
Apesar de os dias estarem sendo em sua maior parte nublados o teresinense pode sentir calor. “Com essa faixa de umidade em boa parte do nosso estado o tempo fica nublado, mas quando não chove, os raios solares penetram as nuvens que não permitem que esses raios voltem para a atmosfera deixando o ambiente quente, similar a uma estufa, o que popularmente diz-se que está abafado”, completa Sônia. 

Fonte: Meio Norte