Os índices de violência continuam a chamar atenção no Piauí. As delegacias de polícia do estado registraram somente no ano passado, cerca de 24 mil ocorrências de roubos e furtos. Foram cerca de 11 mil roubos, quando há uso da violência, e mais de 14 mil furtos. Do total, apenas 3% dos registros se transformaram em inquéritos.

Para o Sindicato dos Policiais Civis do Piauí (Sinpolpi) a culpa é do atual modelo de gestão das delegacias. Segundo o presidente do sindicato, Constantino Júnior, é necessário aumentar as atribuições dos agentes escrivães. “Nós não queremos fazer o trabalho e o delegado apenas assinar, o que nós queremos é ter a condição de estar conduzindo determinados procedimentos na polícia judiciária, como alguns Termos Circunstanciados de Ocorrência e inquéritos de complexidade menor”, disse.

Somente no 13º Distrito Policial, localizado na Vila da Paz em Teresina, foram quase 300 ocorrências registradas no ano passado e apenas quatro viraram inquéritos. O 8º Distrito, no bairro Dirceu Arcoverde, concentrou 21% de todos os processos instaurados no estado em 2014.

A Polícia Civil afirma que não basta apenas aumentar a quantidade de inquéritos instaurados, mas primeiramente é preciso diminuir os índices de ocorrências que chegam às delegacias. “Já estamos colocando em prática, em parceria com a Polícia Militar, auxiliando o policiamento preventivo, indicando quais os locais de maior incidência de crimes”, disse o gerente de Polícia Metropolitana Lucy Keiko.

O Sindicato dos Delegados informou que há muito tempo denuncia a falta de estrutura e cobra a melhorias do governo. Segundo o sindicato, é preciso contratar novos profissionais e melhorar a estrutura de trabalho. O delegado geral Riedel Batista disse que até junho serão contratados novos delegados, escrivães e agentes.

Fonte: G1/PI