Com um total de 35 focos diagnosticados de peste suína nos últimos cinco anos no Piauí, a Secretaria de Assistência Técnica e Defesa Agropecuária (Sada) programa uma campanha estadual de vacinação de combate à doença. O Piauí é considerados área não livre de Peste Suína Clássica (PSC). No Brasil, 10 estados possuem essa classificação.
Os casos mais recentes de confirmação da peste suína aconteceram na última sexta-feira (19) no município de São José do Divino, no Norte do Estado. Na propriedade, foram localizados três focos da doença. Os técnicos da SADA sacrificaram os 30 suínos que eram criados no local e os enterraram em uma vala com a profundidade exigida.
“O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) através do Laboratório Federal de Defesa Agropecuária confirmou a ocorrência desses 3 focos de PSC no território piauiense. Estes focos ocorreram em criatórios de subsistência, com animais criados de forma extensiva (soltos). Os animais apresentaram principalmente conjuntivite, febre e alta mortalidade”, explicou Idílio Moura, gerente de Defesa Animal da Adapi.
Ele comentou ainda que serão intensificadas as ações de vigilância na região no entorno de onde ocorreu o foco para monitorar e acompanhar qualquer suspeita compatível com doenças hemorrágicas do suíno, além de serem intensificadas ações de educação, comunicação e a fiscalização do controle de trânsito de suínos.
A preocupação dos órgãos estaduais que os casos não afetem o comércio internacional dos estados produtores e exportadores de carne suína. A campanha de imunização no Piauí tem como objetivo tirar o estado da classificação de risco. “Nosso objetivo hoje é controlar e erradicar a doença no território piauiense. Lembrando que os criadores que tiveram seus animais sacrificados serão indenizados pelo Governo do Piauí, como forma de minimizar os prejuízos causados pela doença no estado”, disse o secretário Fábio Abreu.
O gestor alertou que todo caso de animal que demonstre qualquer suspeita da doença, como: mortalidade dos suínos, febre (animais amontoados), conjuntivite, diarreia, vômito deve ser comunicado pelo criador à Adapi. Além disso, os criadores só devem adquirir animais de origem conhecida como Guia de Trânsito Animal (GTA) e não adquirir animais de feiras que não são controladas pela Agência de Defesa Agropecuária.
Fonte: Portal O Dia