O Governador Wellington Dias recebeu nesta quinta-feira (16), em reunião no Palácio de Karnak, o diretor-presidente do Instituto Natura, David Saad; o diretor-presidente da Associação Bem Comum e ex-prefeito do município de Sobral (CE), Clodoveu Arruda; as diretoras da Fundação Lemann, Camila Pereira e Daniela Caldeirinha; bem como o secretário de Estado da Educação (Seduc), Ellen Gera.

Em pauta, a implantação de um plano de alfabetização infantil de caráter colaborativo, que reunirá esforços do Estado e de Municípios, além das instituições anteriormente citadas. O Programa de Alfabetização em Regime de Colaboração (PARC), é uma iniciativa da Associação Bem Comum, em parceria com a Fundação Lemann e Instituto Natura, que conjuga esforços para a alfabetização de crianças até o terceiro ano do ensino fundamental e traz consigo um histórico de sucesso em outros estado da federação.

No Piauí, o combate ao analfabetismo é prioridade manifestada pelo Governo do Estado, através do seu Plano Plurianual (PPA). O estado tem hoje um dos três maiores crescimentos do país registrados na avaliação do Índice de Educação Básica (IDEB), mas ainda vislumbra um longo caminho para vencer o analfabetismo. “O Piauí avançou bastante no setor da educação nos últimos anos, mas quando fazemos o recorte entre estudantes até o terceiro ano do ensino fundamental, percebemos que 80% desses estudantes ainda estão sem conseguir ler e escrever. Essa é uma deficiência grave que vamos corrigir”, destaca o governador.

Após o aceno positivo do chefe do executivo estadual para a implementação do programa no Piauí, técnicos de todas as instâncias envolvidas irão realizar uma reunião de trabalho no início de fevereiro, para que a partir de então, com a validação do governador, o projeto seja iniciado.

Segundo Clodoveu Arruda, o objetivo é construir uma política pública de regime de colaboração, entre Estado e Município, para combater, de maneira unificada, os índices de analfabetismo. “Essa perspectiva faz com que o Governo passe a enxergar a Rede Pública como sendo uma única rede de responsabilidade de todos. Criar, portanto, um regime de cooperação em que o Governo do Estado possa ajudar na avaliação, mas também colaborar com políticas de formação de professores e gestores e garantir a infraestrutura. Ou seja, que o Estado identifique o tamanho do problema, estabeleça as estratégias que deseja alcançar e assegure os insumos para que isso venha acontecer, assegurando um pacto piauiense pela alfabetização. Nenhuma criança analfabeta no território do Piauí”, convoca.

Assim como o processo de alfabetização de crianças, a Seduc mantém em pauta o projeto de educação de jovens e adultos, uma vez que o estado ainda registra índices desafiadores de analfabetismo na faixa etária entre 15 e 20 anos. “Se, por um lado, estamos focados no processo de alfabetização na idade certa, a Seduc também tem como desafio enfrentar o processo de educação de jovens e adultos. Nós ainda temos 16% da população entre 15 e 29 anos sem saber ler e escrever. São jovens com potencial criativo prejudicado e que nos apresentam muito do trabalho que ainda temos pela frente”, pontua Ellen Gera.

Fonte: CCOM