Na noite de sábado (03), em entrevista a TV e portal Costa Norte, o delegado Regional de Parnaíba, Rodrigo Moreira informou mais detalhes sobre o depoimento do meno infrator B.S.O, acusado de assassinar a adolescente de 15 anos, Talia dos Anjos, assassinada brutalmente no Santuário da Mãe dos Pobres, na cidade de Ilha Grande de Santa Izabel, no dia 02 de julho. Segundo o delegado, o menor apresentou comportamento frio e calculista. O depoimento foi realizado com riquezas de detalhes, foi gravado e será disponibilizado para a justiça. Em seu depoimento o menor afirmou que o crime foi premeditado.
Segundo o garoto, Talia havia lhe dito que estava grávida dele, por isso, o mesmo resolveu dar um fim na menina. Para atrair a vítima para o local em que Talia foi encontrada morta, o menor fez uma ligação na noite do crime marcando um encontro com a desculpa de lhe entregar um comprimido para abortar. Mas já tinha a intenção de matá-la. A arma do crime foi um estilete. O comerciante que vendeu o objeto para o menor foi localizado e prestou depoimento.
A gravidez não foi confirmada pelo Instituto Médico Legal, que realizou exame no útero de Talia. Segundo o delegado, a menina poderia ter apenas suspeitas ou poderia ter mentido para o menor, por motivo desconhecido da polícia.
Vários provas foram coletadas durante o Inquérito Policial e várias pessoas foram ouvidas. Para se chegar ao acusado, a interceptação telefônica foi muito importante para o desfecho do crime.
No fim da tarde de sábado (03), a mãe do infrator foi ao Complexo do Menor, em Parnaíba para conversar com a educadora. Ela não quis declarar nada à imprensa. O menor passará por uma triagem e durante 10 dias não receberá visita nem dos pais.
Ele será apresentado a Justiça e poderá ser penalizado com 2 a 3 anos de reclusão, por ser menor de idade o crime é nomeado de Ato Infracional.
No dia seguinte ao crime, o menor foi até a casa de Talia e contou para a mãe da garota que tinha conversado com Talia por telefone na noite do homicídio. “Ele disse isso e que poderia se complicar, por isso tava contado logo”, comentou a senhora Elzite dos Anjos, que nunca imaginou que o menor teria algum envolvimento na morte da filha, já que frequentava sua casa desde os 10 anos de idade e era amigo de seus filhos. A mãe de Talia disse ainda que não tinha conhecimento de nenhum relacionamento amoroso entre os adolescentes.
Segundo moradores, o menor participou da manifestação que a população de Ilha Grande realizou pedindo justiça pela morte de Talia.
Em sua página do Facebook, o acusado postou uma imagem de luto, também um dia após ao homicídio. Neste sábado, internautas comentaram a frieza do menor.
Por Estely Teles e Valdênia Santos