Após algumas horas da tragédia que comoveu Parnaíba, quando o empresário Edilson Galeno Brito tirou a sua própria vida depois de matar sua esposa e o jovem empresário Mateus Portela no Complexo Turístico do Porto das Barcas, a Polícia Civil resolveu se pronunciar fornecendo detalhes do fato.
As investigações estão por conta do 2º Distrito Policial de Parnaíba. Segundo o delegado titular, a materialidade e a autoria do crime já estão claras, restando apenas real motivação da tragédia.
“Hoje pela manhã ouvimos os Policiais Militares da Força Tática, que foram as primeiras pessoas que chegaram no local. Segundo eles, o senhor Edison estava escondido em um banheiro do Restaurante Rios apontando uma arma para a cabeça. Ainda houve uma negociação de apenas dez minutos, mas ele acabou cometendo o suicídio. A principal dúvida desse crime é a motivação, pois a autoria e a materialidade já estão bem definidas”, destacou o delegado Artur Barros Leal.
Ainda segundo o delegado que está à frente das investigações, ao todo foram 11 tiros efetuados. Cinco deles acertaram o jovem Mateus Portela, sendo que quatro atravessaram o corpo do rapaz e uma cápsula acabou ficando alojada no peito da vítima. Outros dois tiros atingiram a esposa de Edilson, ambos também transfixaram o corpo da mulher de 47 anos. Um tiro na cabeça de Edilson tirou a vida do empresário e outras três balas foram encontradas deflagradas dentro da agência de turismo onde a tragédia aconteceu.
“A Polícia encontrou vinte e duas munições, onze deflagradas e onze intactas. Dessa forma, certamente foi algo premeditado. A dona Maria do Socorro Brito foi atingida com um tiro no pescoço e outro tiro no peito, e isso gera uma dúvida muito grande, pois se tiver sido acidente, um tiro já seria suficiente. Porque outro tiro? É uma das coisas que teremos que investigar”, questionou.
De acordo com as investigações, outros três projéteis foram encontrados intactos no percurso que Edilson Brito fez da agência de turismo até o banheiro do Restaurante Rios, onde se escondeu e tirou sua própria vida. Mais quatro projéteis ficaram na arma utilizada e outros quatro foram encontrados pelos peritos do Instituto Médico Legal no bolso do empresário.
“De certo modo já estamos descartando a possiblidade de crime passional, mas não estamos descartando nenhuma informação. A segunda hipótese seria que o crime foi motivado por negócios, já que os dois trabalhavam com o mesmo ramo e poderia haver rixa entre eles”, concluiu o delegado.
Por Kairo Amaral