A Polícia Civil do Piauí concluiu nesta quarta-feira (23) o inquérito do concurso do Tribunal de Justiça do Piauí. O relatório completo com todo o apurado na investigação já fio entregue ao presidente do TJ, desembargador Raimundo Eufrásio, a quem cabe decidir pela anulação ou não do certame. O concurso teve mais de 40 mil inscritos e salários que chegam a R$ 7 mil.
Os três meses de investigação, presidida pelo Grupo de Repressão ao Crime Organizado (GRECO), resultaram no indiciamento de 21 pessoas e na prisão de 12. Apenas um integrante da quadrilha segue foragido, segundo o delegado geral da Polícia Civil, Riedel Batista. “Trata-se de uma quadrilha bem articulada, com braços em outros Estados e que têm participação, inclusive, em tentativas de fraudes de outros concursos aqui no Piauí”, explica o delegado.
Riedel acrescenta ainda que o trabalho da polícia agora é ir em busca de possíveis beneficiados do esquema da quadrilha que tenham conseguido aprovação em outros concursos, e possam estar ocupando cargos públicos no Piauí. “Podem haver mais prisões sim. Esse relatório que foi entregue hoje diz respeito apenas ao concurso do TJ-PI, mas a atuação da quadrilha era bastante ampla. Nosso trabalho é cobrir todo o leque de atuação deles”, diz o delegado-geral.
O delegado responsável pelas investigações, Kleydson Ferreira, informou que o GRECO ainda tem mais diligências a fazer e que há novos inquéritos voltados para outros concursos do Estado envolvendo o nome de membros da quadrilha desarticulada na Operação Veritas. “Todos os que deveriam estar presos estão, mas isso não significa que se encerrou tudo. Nós concluímos o que dizia respeito ao Tribunal de Justiça, mas há indícios de que o grupo fraudou outros certames, e a Operação terá sim novas fases”, esclarece o delegado.
Fonte: Portal O Dia com edição do Portal Costa Norte