A Polícia Civil do Piauí abriu inquérito nesta terça-feira (20) para investigar o cantor Marcelo Pires Vieira, o “Belo”, e mais sete pessoas de sua equipe pela prática do crime de estelionato e formação de quadrilha no estado.

De acordo com delegado Ademar da Silva Canabrava, do 12º Distrito Policial de Teresina, o grupo é suspeito de aplicar um golpe na empresa Táxi Aéreo Poty. “Belo e sua equipe teriam fretado quatro aeronaves de pequeno porte para levá-los de Teresina para Recife, onde iriam fazer um show, e teriam pago o frete com três cheques no valor de R$ 29 mil cada, totalizando R$ 87 mil.  Segundo o dono da empresa, o cantor teria sustado todos os cheques antes que fossem efetuados os pagamentos para a empresa”, disse

Ainda segundo Canabrava, a Polícia Civil do Rio de Janeiro foi comunicada do fato. “Comunicamos o ocorrido para uma equipe do Rio de Janeiro para que ela possa nos ajudar nesse inquérito. Iremos ouvir todos os envolvidos e autuá-los por formação de quadrilha e estelionato, já que o pagamento não foi efetuado. O grupo é composto por oito pessoas incluindo o cantor”, explicou.Eduardo Carbelli, produtor do cantor, informou por telefone que Belo não possui cheques e que não tem conhecimento do inquérito. Ele disse ainda que essa situação deve ser algum mal-entendido e que Belo jamais contratou serviços de empresa aérea no Piauí.

Segundo o advogado Rubens Komniske, que representa a Táxi Aéreo Poty, logo depois do acontecido a empresa teria ainda falado com o assessor do cantor que, teria contratado os serviços, e reconhecido a dívida. “O José Alfredo, assessor do cantor que fretou as aeronaves, assinou um termo de confissão de dívidas afirmando que iria pagar e mesmo assim não cumpriu novamente o compromisso”, disse.

O advogado afirmou que ao longo do tempo tem tentado falar com o assessor do cantor. “José Alfredo nem me atende mais, tentamos por várias vezes falar com ele. Agora acionamos a polícia, pois meu cliente quer receber o dinheiro”, disse.

O próximo show do canto Belo em Teresina está marcado para dia 21 de setembro.

Em nota, a assessoria de imprensa do músico disse que o artista “jamais esteve envolvido em qualquer negociação envolvendo a contratação de empresa aérea para deslocamento e que não repassou nenhum cheque em seu nome”. A assessoria diz ainda que Belo utilizou os serviços de táxi aéreo da Poty, mas que o pagamento foi realizado.

Confira a nota na íntegra
“O cantor Marcelo Pires Vieira, nome artístico “Belo”, através de sua assessoria , vem a público, em razão das notícias publicadas sobre possível “golpe” aplicado pelo cantor na empresa de taxi aéreo Poty da Cidade de Teresina, esclarece que: o artista jamais esteve envolvido diretamente em qualquer negociação envolvendo a contratação de empresa aérea para deslocamento, não tendo, inclusive, repassado nenhum cheque em seu nome.

Outrossim, informa que, quem cuida de todos os preparativos do seu espetáculo, podendo exemplificar, desde o transporte, hospedagens, alimentação etc., é sua produção .

Realmente o cantor Belo deslocou-se em aeronaves da empresa de taxi aéreo Poty. É do conhecimento do Artista que o pagamento do deslocamento esta sendo realizado, sob a égide de uma confissão de divida.

O cantor também lamenta as declarações e divulgações em razão da inexistência dos fatos, admitindo-se, única e exclusivamente, se existiu, um desacordo comercial”.

Fonte: G1 Piauí