Jogadoras do Brasil se divertem em reconhecimento do gramado do Mineirão (Foto: Divulgação: Ricardo Stuckert / CBF)
Jogadoras do Brasil se divertem em reconhecimento do gramado do Mineirão (Foto: Divulgação: Ricardo Stuckert / CBF)

Seleção feminina encara adversárias responsáveis por eliminação no Mundial de 2015. Debinha joga na vaga de Cristiane, lesionada, nas quartas de final da Olimpíada.

Austrália pela frente. Elas já viram esse filme antes. Foi no Canadá, no ano passado, o Brasil perdeu para as australianas, nas oitavas de finais, e foi eliminado da copo da Mundo. Agora o enredo é diferente. Quartas de final do torneio de futebol feminino da Olimpíada. Jogando em casa, no Mineirão, às 22h (de Brasília), nesta sexta-feira. Muitas personagens são as mesmas. Marta estará em campo, mas as brasileiras têm o desfalque de Cristiane. Por mais que o treinador Vadão esconde o clima de revanche, é difícil negar a que a Austrália ainda está um pouco entalada na garganta. É o que garante a lateral esquerda Tamires.

Sem dúvida nenhuma, é revanche, sim. Foi recente, há um ano atrás. Infelizmente aconteceu um gol delas nos últimos 20 minutos do jogo. Então, agora esperamos que seja tudo diferente, que a bola entre. Que seja diferente e que a gente saia com a vitória. 

E para conquistar a vitória, o time é praticamente o mesmo que venceu os dois primeiros jogos – 3 a 0 contra a China e 5 a 1 contra a Suécia. A única mudança é a entrada de Debinha no lugar de Cristiane, que sofreu uma lesão no posterior da coxa direita e faz uma recuperação intensiva para voltar mais adiante. Tamires acha que o Brasil muda um pouco suas características com a substituição, mas que a nova alternativa pode ser muito bem explorada. 

Tamires acredita em time mais leve com Debinha no lugar de Cristianeq (Foto: Adílson Oliveira / TV Globo Minas)
Tamires acredita em time mais leve com Debinha no lugar de Cristiane (Foto: Adílson Oliveira / TV Globo Minas)

– A Debinha é uma atleta muito veloz, acho que vamos explorar muito as jogadas pelas beiradas. Uma  bola em diagonal também, que ela faz muito bem essa jogada de velocidade. O time vai ficar mais veloz. A Cris é uma centroavante, ela é mais de área mesmo, e a Debinha tem ótima características. Vamos explorar as qualidades dela. 

Desta forma, o Brasil entra em campo com Bárbara; Fabiana, Rafaelle, Mônica e Tamires; Thaisa, Formiga, Andressa Alves, Marta; Debinha e Bia. A torcida não deseja esse final, mas as cobranças foram treinadas no treino de quinta-feira. Tamires espera um Brasil agressivo para marcar um gol ainda no primeiro tempo, no entanto, com inteligência para dominar o jogo no momento certo. 

– Vamos entrar buscando o gol a todo momento, mas esperamos um jogo disputado. Temos que tentar manter a bola com a gente, temos que ficar com a bola, e elas vão entrar em desespero. Se o professor pedir, vamos cadenciar, sim, o jogo. 

Ao todo, cinco jogadoras do elenco do Brasil são mineiras, quase 30%. Jogar no Mineirão vai ser inédito para a maioria delas, inclusive para Tamires, que já atuou no Atlético-MG, mas não teve ainda a oportunidade de pisar no gramado do Gigante da Pampulha. 

– Vai ser a primeira vez, a realização de um sonho. Depois que eu voltei a jogar futebol, depois da minha gestação, o primeiro time que me acolheu foi o Atlético-MG. Eu joguei o Mineiro e sempre sonhei em jogar no Mineirão. Naquela época não deu certo, mas agora vai ser maravilhosa.

As adversárias do Brasil vêm de uma primeira fase irregular. Com uma vitória (6 a 1 contra o Zimbábue), um empate (2 a 2 com a Alemanha) e uma derrota (2 a 0 para o Canadá), a Austrália se classificou em terceiro lugar com quatro pontos. Na entrevista coletiva, o treinador Alen Stajcic não deu pistas sobre o time que entra em campo, mas a escalação não deve fugir muito da que goleou o Zimbábue.

Fonte: Globo Esporte