Apesar das resistências, seguimos para uma nova consciência. Esta frase poderia até ser o título desse texto, mas nossa resistência em permanecer aferrado a concepções materialistas, não nos permitiria sentirmo-nos estimulados a ler; já, previsões….
Notemos: a violência no mundo e, ao redor de nós, continua sendo assunto preferido dos veículos de comunicação de massa, o que nos faz, por vezes, supor e até afirmar, que o mundo está pior. Porém, ao mesmo tempo, nunca fomos tão solidários e atentos, disciplinados com a saúde e a educação e ainda tão cumpridores de nossos deveres sociais. Talvez por força da lei, talvez também por sabermos que tem que ser feito e fazemos, talvez por já entendermos que se não fizermos algo não bom se voltará contra nós.
Apesar do materialismo seguir dominando, uma de suas consequências psicológicas mais graves – a depressão –, tem levado seus portadores ao contato com psicólogos que, em suma, os estimula a reflexão e prática de valores adrede esquecidos, a reaproximação com a família, o contato com a natureza e etc…. O resultado disso é que não só o depressivo, mas todos os mais próximos a ele são beneficiados com a necessidade de mudança de postura mentomoral.
A Doutrina Espírita, consoladora por excelência, esclarece-nos que nossa vida ruma para o progresso espiritual; que na condição de espíritos imortais somos os únicos responsáveis por nós mesmos, mas temos também, grandioso papel coletivo; afirma-nos ainda que não existe injustiça divina e que não obstante os equívocos humanos, somos capazes de resistir e reverter a qualquer situação. Convida-nos ao autoconhecimento, o exercício da prece, a leitura edificante para aquisição de conhecimento e o envolvimento com práticas do bem como estímulos a uma vida plena, feliz e saudável.
O mundo assiste a transformações que vão além da revolução tecnológica; registramos a falência de um sistema que apresenta-nos o consumo como via de felicidade, mas não garante durabilidade e essência. O materialismo está minado por si mesmo. Caminhamos para a concepção “nova” de “dar a Cesar o que é de Cesar”, ou seja, bem empregar tudo aquilo que a mente humana é capaz de produzir no campo material, mas, dando “a Deus o que é de Deus”, através da convivência harmoniosa, inteligente, saudável e de resultados coletivos, vivenciando o ensinamento cristão que diz-nos que amando ao próximo estamos amando a Deus e amando a Deus amamos ao próximo.
Caminhamos para uma nova consciência tão reluzente e segura que finalmente conseguiremos vivenciar preceitos advindos da filosofia antiga, do código do monte e de pensadores como Léon Denis que asseverou-nos certa feita que “o verdadeiro cristão tem por templo o universo, por altar a consciência e por imagem Deus”. Romperemos as barreiras do orgulho e do egoísmo, seremos cartas vivas, éticos e bons, ativos, saudáveis e felizes.
Quando Allan Kardec postula a pluralidade das existências e dos mundos habitados, tira o véu que o bairrismos e ufanismo criam para tornar-nos cidadãos universais, interestelares fadados ao progresso, à paz e à felicidade.
O que precisamos? Perseguir este caminho.
Por Samuel Aguiar