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A fruticultura irrigada desenvolvida no semiá- rido piauiense está se destacando cada vez mais e mostrando resultados significativos. A Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf), que desenvolve projetos de fruticultura nos municípios de São João do Piauí, Colônia do Gurgueia e Santa Rosa do Piauí, também investe no setor.

Entre os projetos que mais se destacam estão o Projeto de Irrigação Marrecas/Jenipapo, em São João do Piauí, e o Projeto Piloto em Colônia do Gurguéia. Ambos têm a produção de uvas como a sua principal atividade.

O superintendente substituto da Codevasf, José Ocelo Rocha, afirma que serão investidos mais de R$ 40 milhões em novos projetos de produção. Um dos projetos destacados pelo superintendente é o que está em fase de implantação em Colônia do Gurgueia, onde serão investidos aproximadamente R$ 2 milhões numa área de 95 hectares.

O projeto vai apoiar a pecuária bovina e caprina aliada à piscicultura, mas o grande destaque é a produ- ção de uva para sucos. “Serão 6 hectares de uva destinados à produção de sucos, essa uva é diferente da uva de mesa. As características climáticas de Colônia do Gurgueia são favoráveis a essa produção e futuramente poderemos também plantar uva para a produção de vinho”, esclarece José Ocelo.

A região de São João do Piauí é beneficiada, desde 2004, com o Projeto Hildo Diniz, no assentamento Marrecas, onde 6 hectares são plantados com uva e mais 30 hectares recebem outras furtas e hortaliças.

Esse trabalho é feito em parceria com o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) e com a Secretaria Estadual de Desenvolvimento Rural. Ocelo informa que o maior projeto desenvolvido pela Codevasf atualmente é o Marrecas/- Jenipapo, onde já foram investidos mais de R$ 5 milhões em obras de infraestrutura e até 2014 serão utilizados mais R$ 36 milhões, através da segunda etapa do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).

O projeto, depois de terminado, contará com aproximadamente 1 mil hectares de área irrigada, através da água captada do Rio Piauí, e vai beneficiar diretamente 200 famílias e mais de 10 mil pessoas indiretamente. Ocelo explica que o semiárido piauiense tem grande potencial para a produção de frutas em regime de irrigação, por conta das grandes reservas de á- gua, através dos lençóis freáticos e por conta da grande incidência de raios solares.

“O nosso semiárido tem 3 mil horas de luz solar por ano. O que para a fruticultura é excelente, quanto mais luz, mais a planta se desenvolve e mais doce serão os seus frutos.

Fonte: meionorte.com