Na amanhã desta quarta-feira (08), a Associação dos Docentes da Universidade Federal do Piauí (ADUFPI) realizou o ato público “Porque estamos em greve”, nos campi de todo o estado. O objetivo foi de prestar um esclarecimento à sociedade sobre os motivos que levaram a categoria a manter o movimento grevista após as propostas apresentadas pelo governo federal.
Em Teresina, os professores em greve promoveram um enterro simbólico dos “Carrascos da Educação”, representados pelo reitor da Universidade Federal do Piauí, Luiz de Sousa Santos Júnior, ministro e ex-ministro da Educação, Aloizio Mercadante e Fernando Haddad, a ministra do Planejamento, Miriam Belchior e pela presidente da República, Dilma Rousseff.
Já em Parnaíba, o comando de greve regional realizou uma coletiva com a imprensa, com um café da manhã, no auditória da UFPI, afim de esclarecer para a população os motivos pelos quais a greve continua e como andam as negociações com o governo.
Segundo o diretor regional da ADUFPI, Ricardo Mendes, o segundo semestre letivo de 2012 está praticamente perdido. Mesmo que a greve acabe, ainda terão que terminar o semestre passado.
Para o presidente da ADUFPI, Mário Ângelo, o enterro simbólico demonstrou a indignação dos professores com o governo federal.
“Os docentes de todo país estão insatisfeitos com as propostas apresentadas pelo Ministério do Planejamento, pois nenhuma delas reestrutura a carreira dos professores e nem oferece melhores condições de trabalho. Enterramos os maiores vilões da educação no país”, afirmou o presidente da ADUFPI.
O ato contou com o apoio de outros sindicatos representando categorias que também estão em greve, como Sindicato dos Policiais Federais do Piauí, Sindicato dos Servidores Públicos Federais, Sindicato dos Professores da Universidade Estadual do Piauí, Sindicato dos Professores do Instituto Federal de Educação, dentre outros.
O final da manifestação foi marcado por um cortejo fúnebre formado pelos caixões dos “Carrascos da Educação”, que foram deixados na porta da reitoria da UFPI, em Teresina, em sinal de protesto.
Fonte: Ascom