Foto: Tacyane Machado

Na tarde da última sexta-feira (20/07), profissionais da saúde que prestam serviços no Hospital Estadual Dirceu Arcoverde (HEDA), no município de Parnaíba, participaram de assembleia para expor a situação no que diz respeito às condições de trabalho, chamamento de concursados e salários. A assembleia aconteceu no auditório do do Sindicato dos Trabalhadores em Educação (SINTE-PI) no Bairro Nova Parnaíba.

Entre as categorias presentes, fisioterapeutas, enfermeiros, técnicos em enfermagem e bioquímicos trataram seriamente sobre a situação no hospital regional, onde fizeram questão de expor problemas que atingem ativamente a população do município de Parnaíba como de regiões vizinhas que dependem do atendimento do estabelecimento hospitalar.

Um dos problemas apontados pelos profissionais, trata-se da sobrecarga de trabalho pela falta de profissionais suficientes para atender a demanda. Além da escassez de material humano, o hospital sofre com a falta de estrutura adequada para atender as necessidades da população.

Na ausência de profissionais suficientes, as escalas ficam descobertas, o que acarretou há algum tempo, um número elevado de contratos precários o que torna inviável financeiramente para a instituição, já que prejudica o custeio e o desenvolvimento de novas ações em saúde do HEDA, comprometendo o grau de resolutividade do hospital

Outra questão importante e tão batalhada por profissionais da saúde, diz respeito ao chamamento de técnicos de enfermagem classificados no último concurso de 2009 e urgência na convocação de enfermeiros do concurso realizado em janeiro de 2012.

De acordo com a técnica em enfermagem, Renata dos Santos, com relação ao número de leitos e os profissionais suficientes para atender estes setores, alguns deles funcionam de forma inadequada, devido à falta de funcionários, tendo que unir mais de um setor em torna da mesma equipe de enfermagem, causando sobrecarga de trabalho, insatisfação do funcionário, baixa resolutividade dos problemas, refletindo diretamente na qualidade da assistência prestada à população.

Entre os setores que necessitam destes profissionais estão, o Centro Cirúrgico, Centro Obstétrico, Neonatologia, Central de Material Esterilizado, Clínica Médica, Clínica Cirúrgica e Clínica Pediátrica. Alguns setores só funcionam devido à absorção de plantões extras ou contratação provisória de enfermeiros e técnicos de enfermagem, o que atinge financeiramente a unidade hospitalar por onerar os seus recursos.

Segundo Erick Riccely Pereira, presidente em exercício do Sindicato dos Enfermeiros, Auxiliares e Técnicos em Enfermagem do Estado do Piauí (SENATEPI), o Hospital Estadual Dirceu Arcoverde representa uma séria situação da qual passa a saúde pública principalmente na cidade de Parnaíba. Profissionais não são valorizados nem com estrutura e nem com salários dignos. O número de profissionais da enfermagem não correspondem ao número de médicos contratados, o que aumenta a carga de trabalho dos que cumprem os plantões.

O sindicalista denunciou que a verba da Gratificação de Incentivo à Melhoria da Assistência à Saúde (GIMAS) tem sido usada para gratificar irregularmente alguns profissionais de forma política, já que segundo ele, o hospital virou um “cabide de empregos”.

Erick Riccely Pereira informou ainda que a categoria decidiu por uma paralisação de advertência de 72h que compreende os dias 26, 27 e 28.  Esta advertência por parte dos profissionais da saúde acontecerá no HEDA, em Parnaíba.