1

Um total de R$ 2,3 bi estará disponível a 1,6 milhão de contribuintes; 771 mil ficaram na malha.

A Receita Federal deposita nesta quinta-feira o sétimo e último lote de restituição do Imposto de Renda 2016. Desde a zero hora de hoje, a depender da organização do banco, mais de 1,6 milhão de contribuintes devem receber R$ 2,3 bilhões referentes ao ajuste de contas feito neste ano. O sétimo lote é corrigido por uma taxa de 8,8%, referente à Selic acumulada entre maio e dezembro deste ano.

O lote também inclui restituições residuais dos exercícios entre 2008 e 2015, de pessoas que deviam algum esclarecimento à Receita e, por isso, estavam com os montantes retidos. Os chamados lotes residuais estão sujeitos a uma correção monetária que varia de 21,87%, para o exercício 2015, a 90,37%, para 2008.

Caso o valor da restituição não seja creditado, o contribuinte deverá ir a qualquer agência do Banco do Brasil ou ligar para a Central de Atendimento por meio dos telefones 4004-0001 (capitais), 0800-729-0001 (demais localidades) e 0800-729-0088 (telefone exclusivo para pessoas com deficiência auditiva) para agendar o crédito em conta-corrente ou poupança, em seu nome, em qualquer banco.

A restituição ficará disponível no Banco do Brasil durante um ano. Se não for resgatada nesse prazo, é preciso requerê-la por meio da internet, mediante o Formulário Eletrônico – Pedido de Pagamento de Restituição, ou diretamente no Serviço Virtual de Atendimento (e-CAC) no site da Receita, no Extrato do Processamento da DIRPF.

Com o fim do processamento das declarações deste ano, 771.801 permaneceram na malha fina. Este número corresponde a 2,61% do total de 29.542.894 declarações apresentadas em 2016.

A maior parte das declarações que caiu nas garras do leão da Receita, 75%, tem imposto a receber. Outros 22% têm imposto a pagar e outros 3% não têm nada a recber ou pagar à Receita.

O principal problema identificado pela Receita entre as declarações que ainda não foram processadas foi omissão de rendimentos do titular ou seus dependentes, identificado em 409.054 casos. Em seguida, em 293.284 documentos, aparecem divergências entre o IR retido na fonte o que consta na declaração e em DIRF.

Há falhas em dedução de previdência oficial ou privada, dependentes, pensão alimentícia em 277.848 declarações. Já as despesas médicas são objeto de questionamento pela Receita em 162.078 declarações.

PARA RETIFICAR A DECLARAÇÃO

Quem ainda não foi contemplado pode pesquisar se caiu na malha fina. A Receita Federal permite ao contribuinte acesso ao detalhamento do processamento de sua declaração através do código de acesso gerado no próprio site da Receita ou com o certificado digital.

Quem sabe ou acha que errou na declaração, ainda pode fazer ajustes por meio de uma declaração retificadora. O procedimento é o mesmo da primeira: a diferença é que no campo “Identificação do Contribuinte”, deve ser informada que a declaração é retificadora. Também é preciso que o contribuinte possua o número do recibo de entrega da declaração anterior para a realização do processo.

Fonte: O Globo