Para os supersticiosos, um prato cheio para confiar no hexacampeonato catarinense. Para o elenco, mais uma motivação para colocar o nome no livro dos recordes da Chapecoense. A uma vitória do título do segundo turno do Estadual, sábado, em confronto direto com o Joinville, na Arena Condá, os comandados de Vagner Mancini somam sete vitórias consecutivas na temporada e caminham para estabelecer uma nova marca na história do clube. Detalhe: os recordistas, com nove triunfos seguidos, além de uma outra geração que teve a marca igualada, consagraram a façanha com o troféu de melhor de Santa Catarina.
As coincidências vão além ainda se levarmos em conta os anos dos recordistas: 1977 e 2007. Nas duas ocasiões, a Chape enfileirou nove rivais e saiu campeão. No primeiro título da história, com somente quatro anos de vida, a série teve início com um 3 a 0 contra o Guarani de Palhoça e só parou na derrota por 1 a 0 para o Inter de Lages. Trinta anos se passaram até o feito ser repetido no tri estadual. Na época, já com o atual diretor Nivaldo no gol, o Verdão também engrenou na reta final. Do 2 a 0 sobre o Brusque até o 1 a 0 na primeira partida da final com o Criciúma, não teve para ninguém. Até que o Tigre segurou o 2 a 2 na despedida da competição. Os dados são da pesquisadora da história da Chape, Letícia Sechini.
Entre os dois recordistas, há ainda a equipe campeã em 1996, que também colecionou sete vitórias consecutivas. Números que servem de estímulo para a nova Chape, que viu tudo mudar a partir da goleada por 7 a 0 sobre o Tubarão – a maior da história do clube -, primeiro jogo após o revés para o Lanús, na Libertadores. Com um esquema diferente, com Girotto e Luiz Antonio como volantes, a equipe se encontrou e despachou rivais de peso. Na sequência, há clássicos contra Avaí e Figueirense, o Atlético Nacional pela Recopa, e vitórias sobre Almirante Barroso, Brusque e Metropolitano.
Para igualar o recorde de nove, a Chape terá que vencer Joinville, em casa, sábado, às 16h (de Brasília), e Criciúma, no Heriberto Hülse. Caso a missão seja cumprida, o desafio será grande para estabelecer uma nova marca: o Nacional, do Uruguai, na Arena Condá, pela Taça Libertadores da América, seria o décimo adversário batido. Antes, porém, tem decisão, e até um empate com o JEC encaminha bem o título do returno, uma vez que a diferença de gols é de dez: 17 a 7. Mesmo que o recorde fique para depois.
Chape campeã em 1977
3 x 0 Guarani
5 x 0 Kindermann
1 x 0 Inter de Lages
3 x 0 Xanxerense
3 x 0 Palmitos
2 x 1 Lages
5 x 0 Joaçaba
2 x 1 Guarani
1 x 0 Kindermann
Chape campeã em 2007
2 x 0 Brusque
2 x 1 Criciúma
1 x 0 Marcílio Dias
3 x 2 Guarani
2 x 0 Joinville
5 x 2 Próspera
1 x 0 Metropolitano
3 x 0 Ibirama
1 x 0 Criciúma
Fonte: Globoesporte.com