Segundo o Banco Central, regiões com menos agências bancárias são as que mais realizam transações pela modalidade

Um relatório divulgado pelo Banco Central mostra que o Norte e o Nordeste são as regiões com maiores médias de transações de Pix por usuário no país. A região Norte se destaca, com 21 transações por pessoa, seguida pelo Nordeste, com média de 19. Individualmente, Amazonas e Amapá são os estados com a maior quantidade de Pix por usuário, com 26 e 24 operações, respectivamente.

A aceitação deste método de pagamento revela uma carência: a falta de agências bancárias na região. No Nordeste, apenas 40% das cidades têm bancos físicos atualmente, segundo o BC, que considera a média de operações entre novembro de 2020 e dezembro de 2022.

“O Pix é um avanço em direção a uma economia mais digital e inclusiva, principalmente daqueles que estão fora do sistema financeiro tradicional. A gratuidade e facilidade de pagamentos diários atraíram usuários em pouco tempo. No país, mais de 130 milhões de pessoas já usam o serviço e há mais de 550 milhões de chaves cadastradas”, afirma Cristiano Maschio, especialista em tecnologia de pagamentos e CEO da fintech Qesh.

Desde a criação, em 2020, 144 milhões de pessoas já fizeram pelo menos um Pix. Atualmente, a maioria das operações acontece entre pessoas físicas, com valor médio de R$ 257. Em dezembro de 2022 foram realizadas 2,9 bilhões de operações, já o valor transacionado no período foi de R$ 1,2 trilhão.

Segundo Maschio, a modalidade é uma oportunidade tanto para consumidores como para empreendedores. “Para empresas, a adoção do meio de pagamento tem significado agilidade e redução de custos. O sistema possibilita transações comerciais mais rápidas, tornando o fluxo de caixa mais eficiente e proporcionando uma melhor experiência ao cliente”, destaca o especialista.

Fonte: Jornal Piauí