Fui colaborador contumaz durante algum tempo dos jornais A AÇÃO , NORTE DO PIAUÍ e A LIBERTAÇÃO, dirigidos respectivamente por Mão Santa, Mário Rodrigues Gomes Meireles e Bernardo Batista Leão.
Todos esses jornais, bem como os demais que circularam ou circulam na cidade, sempre acolheram em suas páginas jornalistas, escritores, professores, doutores, artistas. No mundo da internet, blogues e portais também vêm dando espaço para todos. E assim vai girando o mundo dos que lutam com palavras, ainda que “sem maior proveito/ que o da caça ao vento”, como disse Carlos Drummond de Andrade no poema “O Lutador”.
Minha iniciação na imprensa escrita parnaibana se deu nos anos 70 em jornais alternativos ou marginais: O LINGUINHA e INOVAÇÃO.
Colaborações esporádicas em revistas culturais: PRESENÇA, CADERNOS DE TERESINA, ALMANAQUE DA PARNAÍBA, REVISTA DA ACADEMIA PIAUIENSE DE LETRAS e REVISTA DO INSTITUTO HISTÓRICO E GEOGRÁFICO DE OEIRAS.
A maior parte do que publiquei em jornais da Parnaíba trata de assuntos culturais, especialmente literários.
Até hoje não entendo a falta de apetite para escrever sobre política municipal, porque em verdade sou apaixonado pelo assunto e tenho sido político militante, com filiação partidária, desde 1972 , quando iniciava a vida profissional como advogado e professor e apoiei publicamente, inclusive com discursos em palanque, a candidatura a prefeito de Elias Ximenes do Prado pelo MDB. Partido adversário: ARENA. Era a época do bipartidarismo ditatorial. Elias derrotou o deputado Ribeiro Magalhães, que tinha o apoio dos governos federal (Garrastazu Médice), estadual (Alberto Silva) e municipal (Carlos Carvalho).
Sempre estive filiado a agremiação partidária, apesar de nunca ter disputado mandato popular. Encontro-me filiado ao PTB desde que o deputado José Hamilton Furtado Castelo Branco assumiu a presidência do partido em Parnaíba.
É inconcebível, porque meramente utópico, um mundo sem governantes e governados.
Encaro a política como ciência, arte e prática e a considero fundamental no destino dos povos, em qualquer época. Não se deve generalizar na crítica aos que detêm ou detiveram mandato eletivo. Como em todos os setores da sociedade se haverá sempre de distinguir o “alto” do “baixo clero”, “o joio do trigo”.
Gosto de ler, ver e ouvir notícias e opiniões políticas. Hábito antigo, mas O CRIME DA PRAÇA DA GRAÇA ´´é o único livro de minha autoria que trata de política municipal.
Quem sabe um dia não venha a escrever artigos sobre o passado e o presente da política parnaibana, a partir de 1950, quando desde o nascimento era vizinho do prefeito João Orlando de Moraes Correia. Em razão dessa vizinhança guardo vaga lembrança da visita a Parnaíba feita em agosto de 1950 pelo então candidato à presidência da república Getúlio Vargas, que se hospedou no casarão da rua Grande, hoje av. Presidente Vargas, onde residia o dr. João Orlando.
Há algum tempo só tenho escrito esporadicamente em jornais e blogues locais: O BEMBÉM, O PIAUGÜÍ, BLOG DO POETA ELMAR CARVALHO, PORTAL COSTA NORTE e ACESSE 24 HORAS.
Daqui para frente espero publicar um texto, como aliás já fiz no número anterior, em todas as edições do jornal NORTE DE PIAUÍ.
Para mim é um feliz retorno ao conceituado jornal, após algumas décadas de ausência voluntária.
Por: Alcenor Candeira Filho