Com o aumento no número de casos de dengue é preciso ter alguns cuidados na hora de decidir o produto usado para repelir o mosquito Aedes aegypti, que transmite a doença. Não existem produtos de uso oral, como comprimidos e vitaminas, com indicação aprovada para repelir o mosquito.
De acordo com dados do Google Trends, houve um aumento de interesse de busca por repelente de insetos nos últimos 90 dias. O aumento está relacionado às buscas de formas de se proteger contra a dengue, após o Brasil ultrapassar a marca de 500 mil casos prováveis da doença em 2024.
A prevenção pode ser feita por dois tipos de produtos: repelentes para aplicação na pele e produtos para uso no ambiente. E qual a diferença entre eles?
Repelentes e saneantes
Os repelentes de insetos para aplicação na pele são enquadrados na categoria “Cosméticos” e devem estar registrados na Anvisa. Todos os ativos repelentes de insetos que já tiveram aprovação para uso em produtos cosméticos podem ser usados em crianças, mas é importante seguir as orientações descritas na rotulagem do produto, pois cada ativo tem suas particularidades e restrições de uso.
Por exemplo, o uso de produtos repelentes de insetos que contenham o ingrediente DEET não é permitido em crianças menores 2 (dois) anos. Já em crianças de 2 (dois) a 12 (doze) anos de idade, o uso de DEET é permitido desde que a sua concentração não seja superior a 10%, restrita a apenas 3 (três) aplicações diárias, evitando-se o uso prolongado.
Além disso, também é importante observar que produtos repelentes de insetos devem ser aplicados nas áreas expostas do corpo, conforme a norma vigente de Cosméticos, a RDC 19/2013.
O produto só deve ser aplicado nas roupas se houver indicação expressa na arte de rotulagem.
Já os produtos para uso no ambiente, chamados de saneantes, são inseticidas e repelentes. Os inseticidas são indicados para matar os mosquitos adultos. Encontrados, principalmente, em spray e aerossol, eles possuem substâncias ativas que matam os mosquitos, além de solubilizantes e conservantes. Os repelentes, por sua vez, apenas afastam os mosquitos do ambiente. Eles são comercializados na forma de espirais, líquidos e pastilhas utilizadas, por exemplo, em aparelhos elétricos.
Enquanto o imunizante não está disponível para todos os públicos, o Ministério da Saúde recomenda a adoção de medidas preventivas para evitar o mosquito Aedes aegypti. Entre as orientações, está a eliminação de água parada nas casas.
Veja a lista de cuidados:
Substituir a água dos pratos dos vasos de planta por areia;
Deixar a caixa d’água tampada;
Manter limpas as piscinas;
Remover do ambiente todo material que possa acumular água, como pneus e garrafas;
Desobstruir calhas, lajes e ralos;
Lavar as bordas dos recipientes que acumulam água com sabão e escova e jogar as larvas na terra ou no chão seco;
Guardar baldes e garrafas com a boca virada para baixo;
Uso de telas nas janelas.
Fonte: SBT News