Ao observar livros usados em um sebo como este, o desejo é o de encontrar relíquias. O Sebo impressiona por conta das preciosidades de obras que quase ninguém tem. Um Sebo, localizado no Mercado Central, por exemplo, é o mais antigo da Parnaíba, e tem mais de cinquenta anos. O Jean Carlos é quem prossegue com a tradição na família. Segundo ele, os preços dos livros vendidos são geralmente mais em conta, salvo livros raros, primeiras edições e outras peculiaridades. Vendas e trocas de obras são constantes neste movimento de livros usados.

 

Em se tratando de produtos antigos, fora do mercado, neste sebo, discos dos primeiros lançamentos de artistas, fitas cassetes que inauguraram os primeiros downloads, gibis antigos e outros asseguram o sustento da família de quem vende e a valorização da cultura por quem consome os produtos.

 

O termo Sebo para obras usadas de livrarias se deve ao manuseio dos exemplares que acabam ficando sujos e claro ensebados pelas mãos dos leitores. Contudo, o conteúdo limpa e clareia a mente de muitos consumidores de obras em que só a leitura pode transformar. Os Sebos ou Alfarrabistas, numa linguagem mais europeia, correspondem à mesma finalidade e tem resistido à tecnologia.