Na próxima segunda-feira, o secretário-geral da Fifa, Jerome Valcke, desembarca no Brasil para reuniões com o governo brasileiro, incluindo a presidente Dilma Rousseff e o novo ministro do esportes, Aldo Rebelo, para fechar um acordo pela Lei Geral da Copa.
Em entrevista ao Jornal da Tarde desta quinta-feira, Valcke afirmou que o Mundial de 2014 terá ingressos baratos, entre R$ 35,00 e R$ 52,00. “Estamos falando de um preço mais baixo, que será válido do segundo jogo ao fim da primeira fase. Ele não inclui nem a abertura e nem a final, que também terão preços acessíveis. Mas nos jogos da primeira fase teremos entradas entre US$ 20 (R$ 35,00) e US$ 30 (R$ 52,00). Esse será mais ou menos o valor”, afirmou.
Porém, se a Fifa cedeu em relação a pressão a ingressos mais baratos, não significa que a entidade mudou de postura em outras questões polêmicas envolvendo a Lei Geral da Fifa. O secretário-geral confirmou que o direito de meia-entrada para os idosos está garantido por ser uma lei nacional do Brasil, mas afirmou que a medida está descartada para outros grupos, como estudantes, ex-jogadores e doadores de sangue.
A venda de bebida alcoólica nos estádios é outro ponto de discordância entre o governo brasileiro e a Fifa, porém Valcke avisa: “Dissemos desde o primeiro dia que há cerveja na Copa. Temos um acordo que diz que deve haver isenção nos estádios”, lembrando que até a Rússia, que organizará o Mundial em 2018 e está em uma forte campanha contra o alcoolismo, já aceitou a medida.
Valcke afirmou que se a Lei Geral da Copa não passar da forma que a Fifa quer, o Mundial não será organizado em boas condições e aproveitou para mandar um recado. “O Brasil não vai vencer a Fifa. Ou fazemos juntos e teremos sucesso ou não vamos ganhar. A Copa ocorre no Brasil de qualquer jeito, mas temos de garantir que seja boa”, afirmou.
Já os estádios não preocupam o secretário-geral da Fifa, que disse que o Brasil precisa “entender que o Mundial é em menos de três anos e a Copa das Confederações, em menos de dois”. Valcke afirmou que se preocupa com “tudo que está ao redor dos estádios” e que o objetivo é garantir “que ir ao Brasil seja um sonho, e não um pesadelo”.
Fonte: Uol