greve-dos-servidores-do-poder-judiciario-188561O Sindicato dos Servidores da Justiça Federal no Piauí encaminhou uma nota negando os números do Governo Federal, sobre o reajuste vetado pela presidente Dilma Rousseff (PT) e que será analisado na próxima quarta-feira (30) no Congresso Nacional causaria um impacto de R$ 27 bilhões nos cofres públicos até 2019 e partir desta data, R$ 10 bilhões a cada ano. 

De acordo com o Sindicato, o aumento de 78% na verdade é apenas para uma categoria, que segundo eles, já está em extinção. “Desde junho de 2006 até 2015 a categoria obteve apenas 15% de reajuste, e ainda de forma parcelada. Ou seja, os servidores recebem praticamente o mesmo salário que recebiam em 2006”, diz a nota. 

E continua, “a inflação acumulada no período de junho de 2006 até julho de 2015 marca 68,12%. A reposição salarial pretendida pelos servidores do Judiciário Federal é, em média, de 56%. Além disso, essa reposição será parcelada pelos próximos 3 anos. Vale dizer que os servidores desconsideram a inflação futura de 2015 até 2018”, pontua o texto. 

O Sindicato também nega um grande impacto nas contas do Governo para os próximos anos, levando em consideração que o aumento de 78% é apenas para a categoria de auxiliar judiciário, que recebem em média pouco mais que o salário mínimo. Em greve desde junho, o Sindicato alega que ao contrário da maioria das categorias de trabalhadores, não possuem data- -base anual para correção dos salários. 

“A greve não tem o objetivo de prejudicar os relevantes serviços prestados à comunidade, como a concessão de benefícios do INSS (aposentadorias, auxílio- -doença, pensões) e apuração de crimes que dilapidam o patrimônio público, caso mais emblemático e recente o da Operação Lava Jato. Em suma, todos esses serviços dependem não apenas de juízes e procuradores, mas essencialmente da equipe de servidores que propicia condições adequadas para um desfecho satisfatório”, conclui o texto.

Fonte: Jornal O Dia