A polícia civil, polícia militar, servidores da educação e da saúde, e agentes penitenciários se reúnem na próxima sexta-feira (23), para deflagrar greve geral por tempo indeterminado. As categorias são contra a aprovação da PEC que limita gastos no Piauí. A greve está prevista para iniciar a partir da próxima terça-feira(27).
De acordo com Constantino Júnior, presidente do Sinpolpi, as categorias são unanimes em decidir pela greve. “Estamos aguardado que o governador chegue hoje de viagem e que amanhã possa sentar conosco e discutir. No entanto, amanhã já vamos deliberar greve por tempo indeterminado”, afirma o sindicalista.
A PEC 93 é do Estado do Piauí e proíbe, pelos próximos dez anos, a admissão ou contratação de pessoal, criação de cargo, emprego ou função, realização de concurso público, concessão de vantagem, aumento, reajuste ou adequação de remuneração de membros de poder ou órgão, de servidores e empregados públicos e militares – exceto em caso de determinação judicial.
Os parlamentares aprovaram a matéria na sala da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), e agora está pronta para votação no plenário, no entanto, o governador Wellington Dias deverá decidir se a PEC continua em tramitação ou será retirada de pauta.
“Essa é a PEC da maldade, que prejudica a todos dos servidores. Só a nível de exemplo, a polícia civil tem um efetivo de 1600 servidores, com a aprovação da PEC esse número tende a cair, isso por que o governo estará proibido de realizar concurso público por um período de 10 anos. É uma PEC que traz prejuízo enorme pra todas as categorias. Houve falta de transparência por parte do governo, que não sentou e conversou com a gente. Queremos que o governo retire a PEC de pauta”, diz Constantino Júnior.
Nesta quarta-feira (21) houve também muitas movimentações na Assembleia Legislativa, de líderes sindicais que são contras a aprovação do ajuste fiscal. Parte destas lideranças se reuniram na terça-feira no Palácio de Karnak, negociando a possibilidade de não serem inclusos na PEC. É o caso dos delegados, policiais e bombeiros militares. No entanto o Governo segue com a proposta inicial, de incluir todas as categorias.
Fonte: Portal AZ