Foram mais de 15 minutos em campo. Os seus primeiros em uma partida oficial desde o último dia 20 de dezembro. E Paulo Henrique Ganso fez de tudo um pouco: distribuiu passes verticais, fez enfiadas, driblou, cadenciou o jogo e roubou bolas. Na vitória de 1 a 0 do Sevilla sobre Zalgiris Vinius (Lituânia) pela fase eliminatória da Liga Europa, o meio-campista concretizou sua volta aos gramados e deixou boa impressão.
Os espanhóis resolveram tirá-lo do ostracismo e deixá-lo na vitrine em mais um movimento para atrair interessados. ‘Desesperado’, o clube andaluz informou recentemente a interlocutores no mercado que aceita reduzir a sua pedida e negociar Ganso por 6 milhões de euros (R$ 25,5 milhões).
Conforme apurado pelo UOL Esporte, não houve ainda qualquer oferta que tenha chegado próxima de seu desejo.
Outro fator que dificulta as conversas é a resistência do atleta de 28 anos em se transferir para ligas alternativas, como a mexicana e a turca. Em entrevista recente, o diretor de futebol Joaquín Caparrós deixou clara a sua preocupação com a desvalorização a cada janela de transferências que se encerra e ele segue encostado.
Caparrós trabalha para encontrar uma solução até o próximo dia 31 de agosto.
Como tem sido recorrente ao longo do ano, Ganso voltou a ficar de fora da lista de relacionados para o confronto de volta contra o Zalgiris Vinius, fora de casa, e aguarda por uma decisão em torno de seu futuro. Mesmo tendo atuado na semana passada, ele não entra nos planos do técnico Pablo Machín.
Esse é um dos motivos para o Sevilla ter deixado de lado a sua postura irredutível de recuperar o investimento de 10 milhões de euros (R$ 42,5 milhões, na cotação atual) feito em sua contratação ao São Paulo, ainda em julho de 2016.
Os andaluzes, inclusive, ainda têm dinheiro a pagar ao clube paulista e à empresa DIS, que dividiram a receita da venda. É preciso arcar também com o salário do brasileiro, que gira ao redor de 2 milhões de euros anuais (R$ 8,5 milhões), sem impostos – um dos maiores de seu grupo.
Para efeito de comparação, a cifra estaria no topo dos vencimentos também na vizinha Portugal e é superada apenas pelos principais times do continente.
Em reportagem, o jornal espanhol Marca ainda sugeriu outro motivo que causa apreensão: a suposta má influência de Ganso sobre Guilherme Arana. De acordo com a publicação, a presença do meia dentro do elenco afeta o processo de adaptação do lateral esquerdo, que não se abre com os demais companheiros. Os dois estão sempre juntos no dia a dia.
Como revelado anteriormente, o desejo de Ganso é ser negociado dentro do futebol espanhol ou ter o seu vínculo rescindido. O meia ainda tem contrato com o Sevilla até julho de 2021.
Fonte: Folhapress