O I Simpósio “TEAcolher: saberes que conectam, inclusão que transforma” trouxe uma discussão aprofundada sobre o Transtorno do Espectro Autista (TEA), reunindo especialistas e profissionais da área. O evento, realizado na manhã desta sexta-feira (07/02) na Universidade Federal do Delta do Parnaíba (UFDPar), foi realizado pelo Governo do Estado, por meio do Instituto Saúde e Cidadania (ISAC), em parceria com o Hospital Estadual Dirceu Arcoverde (HEDA) e o Centro de Reabilitação (CER) IV.

O simpósio abordou questões essenciais relacionadas ao autismo, buscando promover uma reflexão sobre os avanços, desafios e a necessidade de uma colaboração interdisciplinar para uma inclusão efetiva. A psicóloga Julliane Cunha, coordenadora de Recursos Humanos do HEDA, destacou que o evento foi pensado para profissionais, estudantes e pais de pessoas com autismo, com o objetivo de colaborar com a sociedade e aumentar a conscientização sobre o tema.

Entre os tópicos discutidos, foram abordados os avanços no acolhimento de pessoas autistas, mas também as dificuldades persistentes. A fonoaudióloga Fernanda Simão ressaltou que, embora muitos progressos tenham sido feitos, ainda há muito a ser feito em termos de inclusão social e educacional.

O simpósio também ofereceu um espaço para debate sobre diagnóstico precoce, intervenções terapêuticas, tecnologias assistivas, políticas públicas e o suporte familiar necessário para a promoção do bem-estar dos indivíduos com TEA. O evento serviu como um marco sobre importância de se criar uma sociedade mais inclusiva, onde o conhecimento e a colaboração entre áreas do saber possam contribuir para transformar a inclusão em uma realidade cada vez mais presente.

O Centro Especializado em Reabilitação (CER) IV, que atende mensalmente cerca de 170 pessoas autistas, oferece serviços de reabilitação com foco na autonomia e independência dos pacientes. Segundo Paulo Rangel, diretor geral do CER IV, as pessoas autistas podem acessar os serviços por meio da regulação do município pelas Unidades Básicas de Saúde.

Este simpósio enriqueceu o debate como um instrumento para futuras edições que visam continuar trabalhando para um futuro mais acolhedor e inclusivo para as pessoas com Transtorno do Espectro Autista.