Síndrome do sono insuficiente pode levar a ansiedade e depressão
Os especialistas explicam que a necessidade e o limite de horas de sono podem ser diferentes de pessoa para pessoa e são variáveis em cada fase da vida, conforme as alterações hormonais. Um recém-nascido, por exemplo, passa de 14 a 18 horas por dia dormindo, consideradas essenciais ao desenvolvimento, sobretudo, neurológico. Nas crianças, o sono contribui na liberação do hormônio do crescimento. Já a adolescência é caracterizada por uma situação passageira de mudança de padrão do sono.
Nessa faixa etária, os adolescentes precisam dormir mais horas (de 8 a 10), com a tendência de dormir e acordar mais tarde. Em tese, os adultos necessitam, em média, de 8 horas de sono por dia. E com o avanço da idade, podem acordar mais vezes à noite e há maior propensão para dormir e acordar mais cedo. Durante o dia, os cochilos podem ser mais frequentes neste momento da vida.
O sono é dividido em duas fases: o sono não REM (Rapid Eyes Movement) e o sono REM. Os estágios do sono se alternam durante a noite. No sono não REM são quatro estágios:
1: Sono de transição: marcado pelo adormecimento. Nesta transição entre estar acordado e dormindo, há relaxamento dos músculos e pode ser caracterizado por cochilos;
2: Sono leve, com a diminuição dos ritmos cardíacos e respiratório e da temperatura corporal;
3: Sono intermediário: a atividade cerebral começa a diminuir e o corpo começa a entrar em um sono profundo;
4: Sono profundo: fundamental para o descanso do corpo, com a liberação de hormônios e recuperação de células e órgãos.
Após o quarto estágio, o corpo caminha para o sono REM, com atividade cerebral intensa. É a fase dos sonhos, fixação da memória e o descanso profundo, essencial para a recuperação e o acordar disposto.
Recomendações
Para dormir bem à noite, os médicos recomendam hábitos saudáveis de higiene do sono:
- ir para o quarto somente quando estiver sonolento (a), para não ‘fritar’ na cama;
- manter uma rotina regular de horários para deitar e se levantar;
- reduzir ruídos e manter o ambiente escuro à noite;
- se necessitar levantar no período noturno, usar lâmpadas adequadas nos ambientes, evitando a luz branca;
- manter a temperatura agradável no quarto;
- evitar o uso de medicamentos para o sono sempre prescrição médica;
- manter fora do quarto animais de estimação que podem atrapalhar o sono;
- cerca de duas horas antes de ir para a cama, evitar o uso de telas (TV, celular e computador);
- evitar alimentação pesada próximo ao horário de dormir;
- evitar o uso de bebidas alcóolicas e com cafeína, como café, chás preto, branco e mate, chocolate, guaraná e outros termogênicos;
- evitar alimentos com glicose;
- praticar exercícios físicos regularmente, mas, evitá-los três a quatro horário de deitar;
- perder o excesso de peso corporal;
- não dormir em excesso durante o dia para acumular cansaço físico e mental para a noite;
- não fumar;
Para quem já apresenta dificuldades para pegar no sono ou se manter dormindo:
- não permanecer muito tempo na cama acordado;
- ao acordar no meio da noite, evitar conferir o horário;
- se tiver os pés frios, usar meias para dormir;
- não pensar em preocupações diárias ao se deitar;
- evitar discussões e polêmicas, no início da noite.
Fonte: Agência Brasil