Governador Wilson Martins. (Foto: meionorte.com)

Governador desde o ano passado, quando assumir a administração do Estado com a renúncia de Wellington Dias (PT), que disputou e se elegeu senador, o médico Wilson Martins diz que a principal potencialidade do Piauí é a vocação de seu povo para o trabalho.

Ele afirma que o Piauí tem uma riqueza fenomenal em suas terras. É o terceiro maior Estado do Nordeste do Brasil, com uma área igual ao do Estado de São Paulo.

“Nisso há uma diferença fundamental: São Paulo não tem mais terras disponíveis para o plantio agrícola. Wilson Martins lembra que 80% das terras do Piauí são virgens.

“Nós temos uma riqueza, não só na região da caatinga, onde existem os arranjos produtivos do mel, do caju, da fruticultura irrigada, da ovinocaprinocultura, da piscicultura, da mandiocultura, mas também nos Cerrados, que tem apenas 10% de suas terras abertas”, falou Wilson Martins.

Nos Cerrados, que tem apenas 10% de suas terras abertas, tem um grande projeto de grãos produzido. São 2,5 milhões de toneladas de grãos.

“Taí uma riqueza fenomenal. Nós temos que registrar, regularizar e trazer para cá o que nós estamos lutando muito, que é que as pessoas que usam as terras para produzir os grãos também agreguem mais valor àquilo que nós produzimos. O algodão, por exemplo, pode ter uma cadeia, tirando o óleo do caroço de algodão para fazer o biodiesel. Você também pode tirar do restos dos dos grãos para fazer ração animal”, fala Wilson Martins.

Também é preciso explorar toda a cadeia da soja, com o farelo para fazer ração, e instalar no Piauí vários criatórios de frangos, de suínos, gado de leite e de corte. Fazer com que a cadeia toda seja aproveitada e formada, gerando mais empregos e gerando mais renda para o Estado do Piauí.

“Essa é uma riqueza importante na qual nós estamos trabalhando”, falou .

A outra riqueza é a mineração. Essa atividade não é de curto prazo e Martins diz que isso não é motivo para cruzar os braços. Fala que Nós estamos trabalhando um órgão que trabalhe especificamente com isso e com geração de energia renováveis, que é outra potencialidade. Todos os metais nós temos no Piauí, o ferro, o ouro, o titânio, o urânio. Nós também temos o fosfato e muitos outros minérios.

Meio Norte – E em relação ao turismo?

Wilson Martins – Nós temos um importante potencial, que é o turismo, do da arte rupestre da Serra da Capivara, que encantador e reúne. Nós estamos concluindo o terminal de passageiros do Aeroporto de São Raimundo Nonato e um acesso ao Parque Nacional Serra da Capivara, que é um patrimônio histórico de São Raimundo Nonato. Temos o turismo religioso, nossas praias, o Delta do Parnaíba. Não tenho nenhuma dúvida que o turismo é uma pilastra fundamental para os polos de desenvolvimento. Também temos a ZPR (Zona Livre de Exportação), a conclusão do Porto de Luis Correia e as rodovias importantes, além de um polo de educação.

Meio Norte – Qual a importância da educação para o desenvolvimento do Piauí?

Wilson Martins – A revolução que nós estamos fazendo é a da Educação. Nós tínhamos 19 escolas de tempo integral para 181 escolas de tempo integral, nós temos um Projeto de Intermediação Tecnológica, de aulas presenciais e à distância. A educação, Miguel Couto já dizia, que o Brasil só tinha um problema, o da educação. Você não transforma o Estado se não transformar a educação. Estamos investindo alto no ensino fundamental, no ensino médio, no ensino tecnológico e no ensino superior. Até o final do nosso governo, nós vamos deixar a Universidade Aberta em todos os municípios do Piauí. Hoje, já são 11 Institutos de Ensino Tecnológico, as antigas escolas técnicas e são mais de 30 Escolas Técnicas Agrícolas. Nós estamos em processo de abertura de mais 10 Escolas Técnicas Agrícolas abertas no Estado todo. Então é a preparação, o cuidado não só do ensino fundamental, médio e superior com o ensino técnico, que prepara as pessoas para o seu primeiro ofício, o seu primeiro emprego. Quando as pessoas se conscientizam, quando as pessoas se aplicam, avançam do ponto de vista intelectual e de conhecimento passa a cobrar mais os seus direitos e a se cobrar os seus deveres. Esse encontro de deveres e direitos e da nossa forma de agir e ser são a saída para a verdeira independência do Piauí.

Fonte: meionorte.com