vila olimpica 1O Tribunal de Contas da União (TCU) recomendou, na semana passada, a suspensão das obras da Vila Olímpica de Parnaíba, no norte do estado. Um dos principais motivos alegado pelo órgão fiscalizador é a falta de estudos de viabilidade técnica e econômica financeira. A Fundação de Esportes do Piauí (Fundespi) tenta agora resolver pendências para que as obras sejam retomadas o quanto antes. 

As irregularidades na construção da Vila Olímpica correspondem a indícios de que a implantação da obra ocorreu sem a realização de estudo de viabilidade técnica e econômico-financeira, o que para o TCU é considerado grave. Outro ponto questionado pelo Tribunal é quanto ao percentual de execução, que é de apenas 1%. 

A Vila Olímpica foi idealizada em 2008, mas as obras tiveram início apenas em junho de 2012 com a terraplanagem da área. Três anos após o início, quase nada foi feito. A obra tem custo global estimado em R$ 201,3 milhões. 

Segundo o presidente da Fundespi, Vicente Sobrinho, algumas pendências foram encontradas e estão sendo analisadas. O desafio agora é solucionar os problemas e dar andamento as obras. “São duas coisas especificas na Vila Olímpica: tem um projeto de um estádio que foi abortado, entretanto o projeto está vigente. Nós precisamos cessar esse projeto e isso acaba misturando as coisas. Esses R$ 16 milhões que foram liberados pelo governo federal para a Vila Olímpica diz direito a outras coisas, como piscinas e quadras poliesportivas, ou seja, existem pendências e nós estamos na fase de superá-las. Nosso desafio é superar essas pendencias para que a gente possa dar continuidade a essa obra”, explica Vicente. 

Recentemente, o gestor esteve reunido com as empresas responsáveis pela obra e com o ex-deputado federal Osmar Júnior, responsáveis pelas emendas para construção da Vila, para buscar uma solução. “Eu acredito que vamos dar conta disso, mas claro nos temos prazos e precisamos resolver muita coisa”, completa Vicente. 

A Vila Olímpica de Parnaíba tem em seu projeto inicial 98 mil metros quadrados, sendo construído no prolongamento da Avenida São Sebastião. O projeto prevê a construção de um estádio com capacidade para 40 mil pessoas, um ginásio para 10 mil expectadores, além de quadras de tênis, piscinas e outras estruturas esportivas e de um estacionamento para 300 carros.

Fonte: Jornal O Dia