Presidente deve segurar a mudança de Antonio Imbassahy, do PSDB, da Secretaria de Governo (Foto: Alan Santos/PR)
Presidente deve segurar a mudança de Antonio Imbassahy, do PSDB, da Secretaria de Governo (Foto: Alan Santos/PR)

Com novo impasse na base aliada, o presidente Michel Temer avalia adiar trocas ministeriais para o início de dezembro. O peemedebista anunciará agora a nomeação do deputado federal Alexandre Baldy (GO) para Cidades, mas deve segurar a troca de Antonio Imbassahy, do PSDB, da Secretaria de Governo.

O presidente pretendia fazer a mudança ainda nesta segunda-feira (20), mas um impasse na escolha do sucessor do tucano o levou a reavaliar a decisão.

O peemedebista pretendia indicar o ex-ministro de Transportes João Henrique de Almeida para o cargo, com o apoio dos ministros Moreira Franco (Secretaria-Geral) e Eliseu Padilha (Casa Civil).

A bancada nacional do PMDB, no entanto, reivindica que seja escolhido um parlamentar peemedebista. O partido propõe os nomes de Carlos Marun (MS), Mauro Lopes (MG) ou Saraiva Felipe (MG).

O líder do PMDB, Baleia Rossi, reuniu-se nesta segunda-feira (20) com o presidente para defender a escolha de um deputado federal.

Além do impasse na Secretaria de Governo, o presidente também ainda não definiu o destino de Imbassahy, que poderá ser deslocado para Direitos Humanos ou para Transparência.

DESFILIAÇÃO

A presidente nacional do Podemos, Renata Abreu, anunciou nesta segunda a desfiliação de Baldy.

Em nota, ela afirmou que é incompatível com a posição de independência do partido ter um de seus filiados assumindo um cargo na Esplanada dos Ministérios.

“Por isso, o partido já trata de sua imediata desfiliação, desejando boa sorte ao parlamentar”, disse.

A condição para que Baldy assuma Cidades é sua filiação ao PP, partido que reivindica o posto em troca de votos para a reforma previdenciária.

A sua nomeação partiu de indicação do presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ).

O presidente Michel Temer espera, assim, que o parlamentar consiga votos junto ao “centrão” para a aprovação da proposta.

Fonte: Folhapress