Temer discursa na cerimônia de posse da Diretoria-Executiva da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (Marcos Corrêa/PR)
Temer discursa na cerimônia de posse da Diretoria-Executiva da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (Marcos Corrêa/PR)

O presidente Michel Temer disse hoje (12) na cerimônia de posse da diretoria da Confederação Nacional da Agricultura (CNA) que o Brasil vive um “momento reformista” e citou a reforma da Previdência, defendendo a necessidade de aprová-la. A reforma aguarda votação no plenário da Câmara dos Deputados e o governo trabalha para votar o texto ainda esse ano.

“Temos que ter consciência absoluta de que esse é o grande momento para o Brasil, especialmente é um momento reformista. Precisamos reformar, como estamos reformando muitas questões no nosso país. Quando vamos pensando nas reformas, sabemos que não podemos parar”.

O presidente Temer reafirmou que a reforma da Previdência cortará privilégios e beneficiará os mais pobres, além de estados e municípios que estão em “dificuldade extrema”. De acordo com Temer, os parlamentares que votarem contra a reforma votarão a favor dos privilegiados.

Segundo Temer, a reforma vai representar uma economia de R$ 500 bilhões ao Estado nos próximos anos. “Vem a pergunta, mas o que ganha o Estado brasileiro? O Estado tem uma economia nesses próximos 10 anos de R$ 500 bilhões”, disse o presidente.

Temer citou reformas aprovadas como a do ensino médio e a trabalhista. Lembrou também a aprovação do teto para os gastos públicos, que também enfrentou resistência inicial no Congresso Nacional. Em relação à reforma trabalhista, o presidente disse que as mudanças resultam em geração de empregos no país.

“Algo que pensou-se há muito tempo, e que ninguém teve coragem de levar adiante. Quando promovemos, com o apoio do Congresso Nacional, a modernização trabalhista, nós o fizemos na convicção de que vai em favor do empresário, mas especialmente em favor do empregado”, disse.

Agronegócio

Sobre o agronegócio, Temer disse o setor é um dos sustentáculos da economia nacional. “Muitas vezes dizem que eu protejo os ruralistas, pelo contrário, são eles que protegem a economia nacional. E não temos que ter medo de dizer isso, os dados ai estão. Os dados da economia nacional, do governo e todos eles ancorados no fenômeno da agricultura”.

João Martins da Silva Júnior foi reconduzido ao comando da CNA para o período de 2018 a 2021. Martins está na presidência da CNA desde 2015. Também tomaram posse hoje seis novos vice-presidentes e seis integrantes do Conselho Fiscal, sendo três titulares e três suplentes.

Fonte: Agência Brasil