Tribunal de Justiça do Piauí (Foto: Catarina Costa/G1 PI)
Tribunal de Justiça do Piauí (Foto: Catarina Costa/G1 PI)

Quadrilha tentou fraudar concurso e polícia indiciou 21 pessoas. Segundo o TJ, contratações serão feitas para áreas prioritárias.

Mantendo o posicionamento do ex-presidente do Tribunal de Justiça do Piauí (TJ-PI), desembargador Raimundo Eufrásio, que optou por não anular o concurso de servidores da casa investigado por fraude pela Polícia Civil, o pleno do tribunal decidiu nesta quinta-feira (30), por unanimidade, homologar o resultado do certame.

Segundo o TJ, até a próxima semana o tribunal vai publicar uma resolução homologando o concurso e a partir daí a administração da casa está autorizada a contratar, dentro de suas necessidades e do prazo previsto no edital, todos os servidores aprovados para as vagas.

“Adianto que as contratações inicialmente serão para as áreas prioritárias, como tecnologia e auditoria. A implantação do Processo Judicial Eletrônico (PJe) tem exigido muito mão-de-obra qualificada. Os demais vamos chamar dentro das demandas e após a reorganização judiciária e após os deslocamentos verticais, que são as remoções”, explicou o Presidente do TJ-PI, desembargador Erivan Lopes.

Investigação
Segundo a Polícia Civil, o concurso do TJ foi alvo de uma organização criminosa muito bem articulada, com diversos membros, na qual cada um fazia um papel específico como negociar o gabarito, convocar pessoas para responder as provas, entre outros serviços.
Esquema criminoso

O delegado geral da Polícia Civil, Riedel Batista, informou que as 12 pessoas presas durante a operação em março deste ano são consideradas os cabeças da quadrilha e têm envolvimento direto com as fraudes. Entre elas, está o policial civil que passava informações ao grupo e funcionários públicos sobre as investigações. Já entre os que vão responder ao processo em liberdade estão candidatos detidos no dia do concurso e durante a investigação.

Os candidatos pagavam de R$ 800 a R$ 1mil para ter acesso ao gabarito. Com a aprovação, eles teriam que pagar até 10 vezes o valor do salário.

Como resultado da investigação, 21 pessoas foram indiciadas. A Fundação Getúlio Vargas (FGV), organizadora do certame, foi autorizada pelo TJ a eliminar 50 candidatos beneficiados direta ou indiretamente pelo esquema fraudulento.

Fonte: G1/Piauí