O artesanato piauiense tem tido destaque a nível nacional e internacional. Ele representa uma parte da rica cultura do estado brasileiro. Muitos artesãos que se dedicam a esse trabalho manual, fazem dele sua principal fonte de renda.

O Centro de Artesanato Mestre Dezinho, localizado em Teresina, abriga atualmente 32 lojas de produtos produzidos pelas mãos de artesãos que estão registrados no Sistema de Informações Cadastrais do Artesanato Brasileiro (Sicab). São 4.655 artesãos cadastrados no Piauí, 971 deles em Teresina.

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De acordo com a Superintendência de Desenvolvimento do Artesanato Piauiense (Sudarpi), apenas neste ano, o Centro de Artesanato vendeu cerca de R$ 530 mil em feiras e eventos que ocorrem anualmente no Brasil.

Um bom exemplo disso foi o Salão de Artesanato Brasileiro no Expo Center em São Paulo. Realizado do dia 7 a 11 de novembro, contou com a participação de 26 artesãos piauienses que venderam mais de 1.500 peças, totalizando o valor de R$ 161.717,00 reais.

Outro dado que ressalta que o ano de 2018 teve boas vendas é o da 29° Feira Nacional de Artesanato que aconteceu no Expominas em Belo Horizonte, nesse mês de dezembro. Com apenas um artesão, foi arrecadado o valor de R$ 52.200,00.

Jordão Costa, superintendente de Desenvolvimento do Artesanato Piauiense, ressalta o significativo aumento nas vendas das peças artesanais, do ano passado para este ano. “Ano passado nós contabilizamos cerca de 350 mil reais e esse ano nós contabilizamos aí mais de meio milhão de reais. É um ganho de quase 50% no aumento das vendas de 2017 pra 2018. É algo muito interessante porque há um agravamento da crise política econômica no Brasil, mas o artesanato piauiense ganha força dentro dessa crise como alternativa de renda pro artesão”.

O superintendente destaca ainda que, um dos motivos para essa mudança, é o fato de que o artesão, que antes trabalhava com artesanato apenas como complemento de renda, e agora passa a utilizar o valor de suas vendas como sua principal fonte, está aprimorando cada vez mais suas técnicas, e consequentemente, vendendo mais peças.

“Alguns dizem que artesanato é supérfluo, mas o público que consome artesanato é um público muito seleto que não deixa de consumir, e isso é muito bom. Ao invés de comprar aquilo que todo mundo tem, as pessoas estão começando a aderir pro artesanato porque é o diferente, é a peça única. É aquilo que o mercado tanto procura, a exclusividade. E isso pra nós é motivo de alegria, porque mostra que o trabalho da superintendência está no caminho certo”, afirma Jordão.

É importante que o artesanato piauiense seja cada vez mais valorizado e mantido em destaque, não só pelo nordeste como por todo o país e também no exterior, sendo expandido e visibilizado cada vez mais. Esse trabalho, que é não só ocupação, como também o sustento de muitas famílias, é necessário para que se mantenha nosso patrimônio cultural.

Fonte: CCOM