Virada no caso Gabriela: namorado é preso após suspeita de feminicídio em Parnaíba
Uma reviravolta no caso que comoveu Parnaíba. Foi preso na manhã desta quarta-feira (09) o jovem de 21 anos investigado como principal suspeito pela morte de sua companheira, Gabriela Silva de Sena, de 26 anos. O caso, inicialmente tratado como suicídio, agora é investigado como possível feminicídio.
A morte aconteceu no dia 5 de março deste ano, no bairro Boa Esperança, zona urbana de Parnaíba. Na época, o rapaz acionou a polícia, afirmando ter encontrado a companheira sem vida dentro da residência onde moravam juntos. Ele alegou que ela havia tirado a própria vida.
No entanto, exames realizados pelo Instituto Médico Legal (IML) apontaram lesões incompatíveis com a versão apresentada. Segundo a Polícia Civil, a principal linha de investigação agora indica que a vítima pode ter sido morta por asfixia.
De acordo com o delegado Williams Pinheiro, que coordena o inquérito, o investigado foi encontrado com manchas de sangue na roupa e um ferimento na mão no dia do ocorrido — elementos que reforçaram a suspeita de possível envolvimento. Com o avanço das diligências, a Justiça autorizou e a polícia cumpriu o mandado de prisão preventiva contra o suspeito, que foi levado ao sistema prisional. A causa da morte segue sob análise e ainda não foi oficialmente divulgada pelas autoridades.
O caso mobilizou familiares, amigos e a comunidade jovem da cidade. Gabriela era reconhecida por sua participação em rodas de “slam”, competições de poesia falada com forte teor social e político. Para muitos, sua voz era símbolo de resistência e expressão cultural.
A TV Costa Norte e o Portal Costa Norte seguem acompanhando o caso e reforça seu compromisso com a informação responsável, resguardando o princípio da presunção de inocência e o respeito à memória da vítima.
Quem era Gabriela?
Gabriela era conhecida entre os jovens da cidade pelo seu engajamento no “slam”, (uma competição de poesia falada. O slam envolve performances ao vivo, onde os participantes recitam poesias autorais sobre diversos temas, muitas vezes abordando questões sociais, políticas e culturais) e onde usava a poesia falada como ferramenta de expressão e resistência.