O senador Wellington Dias, líder do PT no Senado, comentou ontem a execução aos apenados na Ação Penal 470, conhecida como processo do “mensalão”, divulgada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) na última sexta-feira (15).
“Estamos em uma democracia e, por esta razão, defendo que o processo siga corretamente os ritos exigidos pela Legislação, respeitando com dignidade o completo direito de defesa das pessoas nele envolvidas. Outros membros do STF e juristas sustentam a tese de que não foram consolidadas provas para as tipificações estabelecidas às penas.
Diante disso, acho justo que a Suprema Corte brasileira aprecie com minúcia esta questão para que a Justiça seja alcançada em sua total amplitude”, disse.
Dias destacou que desde o começo da Ação Penal 470, considerou que houve postergação na admissão de um crime eleitoral conhecido por “caixa dois”. “Acredito que, se esse problema tivesse sido encarado desde 2005, o caso não teria alcançado tão notável nível de partidarização e seus participantes já teriam cumprido suas penas”.
O senador argumentou, no entanto, que por razão dos problemas de saúde enfrentados pelo deputado licenciado José Genoíno, espera que o STF lhe conceda o direito à prisão domiciliar para assegurar-lhe o tratamento médico devido. “O estado físico de José Genoíno no cárcere pode levá-lo ao agravamento de suas condições de saúde e, em tese, ao óbito”, pontuou.
Para Wellington, a classe política se equivocou em não priorizar a reforma política, resultando assim na vigência de um modelo contraditório ao que o Partido dos Trabalhadores defende. “O financiamento privado induz às mazelas e escândalos que testemunhamos no dia a dia. O modo que rege nosso atual processo eleitoral gera prejuízos ao partido. Desta maneira, prevalece o projeto e o programa individuais e não a dinâmica partidária que é fundamental para a democracia. Assim, quem perde é o povo”, conclui.
Fonte: meionorte.com