autoridade

A autoridade, da mesma forma que a fortuna, é uma delegação da qual serão pedidas contas  àquele que dela se acha investido; não creiais que ela lhe seja dada para lhe proporcionar o vão prazer de comandar, nem , assim como crêem falsamente a maioria dos poderosos da terra, como um direito, uma propriedade.

Deus, entretanto, lhes prova suficientemente que não é nem uma nem outra coisa, uma vez que lhas retira quando isso lhe apraz. Se fosse um privilégio ligado à sua pessoa, ela seria inalienável. Ninguém  pode, pois, dizer que uma coisa lhe pertence, quando lhe pode ser tirada sem seu consentimento. Deus dá a autoridade a título de missão ou de prova quando isso lhe convém, e a retira da mesma forma.(…)

Evangelho Segundo o Espiritismo cap.. XVII – Caracteres da Perfeição – item – 9 – Os Superiores e os Inferiores

Como todas as mensagens postas no Evangelho de Jesus, esta é mais uma lição muito atual para todos nós que comumente procuramos nos apoiar nos títulos e bens presentes para nos colocarmos como verdadeiros ditadores da vida alheia. Nossas atitudes e ações mudam radicalmente a partir do momento em que nos fazemos detentores de algum poder, seja ele cultural e ou financeiro.

As provas da misericórdia e justiça plena de Deus são tão imensas que não raro vemos ser dado à criaturas paupérrimas de condições financeiras e culturais, subsídios para que aprendam a fazer uso de tal condição, buscando se melhorar através da compreensão do sentimento de ajuda ao próximo; contudo, não é o que vemos; devido ao nosso atraso espiritual que consequentemente se reflete na matéria, muito facilmente mudamos nossas atitudes diante de algum benefício adquirido, e nos tornamos verdadeiros déspotas seja no meio familiar ou social, mas o que fica mais marcante é a ação daqueles que se julgam poderosos pelo fato de comandarem grupos de pessoas e partem daí para atitudes altamente humilhantes capazes de ferir profundamente a moral e os sentimentos dos seus comandados ou associados nos meio onde vive.

Poe estas e outras tantas razões é que vemos constantemente as falências as materiais que chegam sempre acarretando também a falência moral, essa, a pior de todas pois aqueles que se mostravam tão fortes e poderosos sucumbem muito facilmente ao se depararem com a derrota construída sobre a base da arrogância, despotismo, truculência e acima de tudo a descrença em quem lhe emprestou esses meios para o seu desenvolvimento moral, material e principalmente espiritual.

Não nos esqueçamos nunca que quem nos provém os meios também os retira diante do mal uso dos mesmos, e mais, precisamos entender que podemos  ser detentores de muitos bens e “poderes”, contudo é obrigatórios aceitar que não somos proprietários de nada, a não ser do nosso livre arbítrio que nos condiciona gratuitamente a escolhermos o melhor caminho a seguir.

Paz a Todos.

Pedro Aguiar