Os agentes penitenciários de Parnaíba, assim como os de todo o Piauí, pararam as atividades na nesta terça-feira (30/04). A categoria reivindica reajuste salarial e melhorias nas condições de trabalho.
Segundo o presidente do Sindicato dos Agentes Penitenciários do Piauí (Sinpoljuspi), Vilobaldo Carvalho, alguns serviços realizados pelos agentes deixarão de ser feitos.
“Com o início da paralisação ficam suspensas as visitas íntimas e de advogados, a transferência de presos entre presídios e para outros locais. Serão mantidas apenas as vistorias e a transferência de presos dentro do próprio complexo penitenciário”, informou o sindicalista.
Para Vilobaldo Carvalho a greve dos servidores é justa porque o governo ainda não apresentou uma proposta de ajuste salarial. “Nós já realizamos um movimento e o governo sinalizou que no dia 11 de março nos faria proposta, mas até agora não apresentou nada para sanar a defasagem do nosso salário. Nós propomos um aumento de 60%, que pode ser dado em até três anos e dividido em seis vezes, assim o estado cobriria nossa defasagem salarial que já dura anos”, explicou o presidente.
Ainda de acordo com Vilobaldo, a categoria também reivindica melhores condições de trabalho e contratações de novos agentes já aprovados em concurso realizado pela secretaria de Justiça.
Serão mantidas as seguintes atividades de rotina:
a) distribuição de alimentação para os presos;
b) realização de chamadas, conferências de presos;
c) distribuição de água para consumo interno pelos presos;
d) cumprimento de alvarás de soltura;
e) cumprimento de mandados de prisão;
f) atendimento médico de urgência e emergência;
g) distribuição de medicação;
h) vistorias de rotina;
i) transferências internas de presos de celas eou pavilhões;
j) realização de rondas periódicas em áreas internas de unidades prisionais;
k) conferências de cadeados nos pavilhões e celas;
l) retirada de presos de triagem, conforme normas estabelecidascem cada unidade prisional.
Ficarão suspensas as seguintes atividades:
a) visitas familiares e íntimas a presos;
b) atendimentos a advogados;
c) deslocamentos de presos para audiências;
d) recebimentos de presos de delegacias;
e) transferências de presos entre unidades prisionais;
f) atendimentos internos que não estejam relacionados à segurança.