O governo federal anunciou que, a partir de 30 de maio, aposentados e pensionistas que tenham sofrido descontos indevidos nos seus benefícios do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) poderão procurar atendimento presencial em agências dos Correios. Esta medida surge como alternativa aos canais digitais, especialmente para quem encontrou dificuldades em utilizá-los. As unidades do próprio INSS não farão esse atendimento, somente os Correios.

De acordo com o Ministério da Previdência, cerca de 4.730 agências dos Correios estarão envolvidas na operação, abrangendo aproximadamente 66% dos municípios do país. Para ser atendido, o beneficiário precisa apenas apresentar um documento de identificação — não sendo necessário levar contracheques ou extratos bancários. Caso a pessoa tenha dificuldades de locomoção, é possível enviar um representante com uma procuração assinada e autenticada, autorizando a consulta sobre eventuais descontos indevidos em nome do beneficiário.

O presidente do INSS, Gilberto Waller, sublinhou que o primeiro passo deve sempre partir do cidadão, esclarecendo que nem o INSS nem os Correios entram em contato direto através de cartas ou mensagens. Cabe ao próprio interessado ligar para o número 135 ou dirigir-se pessoalmente a uma agência dos Correios.

Adicionalmente, o governo irá disponibilizar unidades móveis do INSS — como vans e embarcações — para chegar a populações em zonas de difícil acesso, como comunidades ribeirinhas. Embora apenas 2% dos atendimentos ao INSS ocorram de forma presencial, isso ainda representa cerca de dois milhões de pessoas. A grande maioria, 98%, continua a ser atendida através do número 135 ou do aplicativo Meu INSS, ambos ainda em funcionamento. A iniciativa surge num contexto de sobrecarga nas agências do INSS, que têm enfrentado longas filas e uma procura crescente por serviços presenciais.