A ILHA GRANDE DO PIAUÍ E PARNAÍBA

Vicente de Paula Araújo Silva “Potência” 

A Ilha Grande de Santa Isabel, após a construção do Canal de São José foi dividida, surgindo na parte ocidental desse leito, a partir do Rio Parnaíba até o lugar Tucuns (Porto da Mangueira), a Ilha do Tabuleiro, permanecendo a parte oriental com a denominação tradicional. Hoje, a atual Ilha Grande de Santa Isabel, está dividida nos territórios dos municípios de Parnaíba e Ilha Grande do Piauí.

A existência do município de Ilha Grande do Piauí, confunde-se com a história da Parnaíba. É que a mesma, tendo sido desmembrada de Parnaíba em 1994, historicamente teve em João Gomes do Rego Barros e sua esposa Maria do Monte Serrate Castelo Branco, os seus primeiros exploradores legais, pois o Capitão-Mor na Villa Nova da Parnaíba, fundada pelo mesmo em 1711, foi distinguido pelo Governador de Pernambuco em 1725, com a posse da Ilha Grande no Delta do Parnaíba.

O seu descendente, Ten.Cel. João Leite Castello Branco, a vendeu a Sebastião da Silva Lopes, cujos herdeiros a retalharam em 19 possessões. Em 1827, estava em poder dos herdeiros do Cel. Manoel Antonio da Silva Henriques; dos Dias da Silva: Cel. Simplício Dias da Silva, seu meio-irmão Cap. Antonino Ferreira de Araújo e Silva , os herdeiros de seu irmão Raimundo Dias da Silva e sua falecida esposa Eulália Justina Dórea da Silva); O Cap. Bernardo Antônio Saraiva e seus filhos, herdeiros da terça de seu avô o Cap. Manoel Antonio Saraiva; os herdeiros do falecido Cândido Silva; o Doutor Ouvidor Antonio Saraiva; o Alferes Francisco Domingos Fernandes;  os herdeiros do Cap. Manoel Joaquim de Sousa; e o Cap. José Francisco de Miranda Osório;

Hoje a maior área de posse é dos descendentes do Capitão Claro Ferreira de Carvalho e Silva, sobrinho e herdeiro da viúva de Isidoro Dias da Silva, neto de Domingos Dias da Silva, embora, algumas glebas de terras tenham sido vendidas a europeus, voltados à implantação do ecoturismo, fato não consumado até o momento.

Assim, é importante ilustrar quem foram os primeiros donatários legais da Ilha Grande de Santa Isabel:

JOÃO GOMES DO REGO BARROS

Casou-se em primeira núpcia com Anna Castello Branco Mesquita, filha da primeira esposa do português Dom Francisco da Cunha Castello Branco – irmão do Visconde de Castello Branco e 1º conde de Pombeiro –  introdutor da família Castelo Branco no nordeste brasileiro.. Foi preposto de Pedro Barbosa Leal, na região deltense do Rio Parnaíba, até quando, em 1725, o governador de Pernambuco concedeu sesmaria em seu favor, entre as barras dos rios Igaraçu e Parnaíba.

MARIA DO MONTE SERRATE CASTELLO BRANCO

Casou-se com seu cunhado João Gomes do Rego Barros, viúvo de sua irmã Anna Castello Branco Mesquita. O seu esposo, como preposto do rico empreendedor baiano, Pedro Barbosa Leal, solicitou e obteve do Bispado do Maranhão, em 1711,  a autorização para que fosse eregida uma igreja para veneração de Nossa Senhora do Monte Serrathe na Villa Nova da Parnahiba (hoje Parnaíba),  quando a dita vila, passou a ser chamada de Villa de Nossa Senhora de Monsarrate da Parnahiba.

PHB. JAN/2013