Fred comemora o gol do Fluminense, marcado ainda no primeiro tempo de jogo. (Foto Divulgação)

Uma vida nova começou para o Fluminense na Taça Libertadores. E a estreia foi com o pé direito. O pé direito de Fred, que acertou um chute preciso na vitória por 1 a 0 sobre o Caracas, no Estádio Olímpico, na Venezuela, na noite desta quarta-feira. A partida foi marcada pela pressão final venezuelana que quase resultou no empate. O triunfo deixa o Flu na liderança temporária do Grupo 8, já que Grêmio e Huachipato se enfrentam nesta quinta. 

Apesar de ter conquistado os três pontos, o clima de tensão rondou o Fluminense ainda antes do jogo. O diretor executivo Rodrigo Caetano fez um comunicado, minutos antes de a bola rolar, para avisar que Thiago Neves estava fora por ter utilizado um remédio não prescrito pelo departamento médico do clube. Rafael Sobis foi o substituto. Fora isso existia um gramado irregular, com muitos buracos. 

– O importante é sempre começar bem. Por mais que se jogue, que se tenha experiência, a estreia é complicada. Foi muita luta, e o campo, infelizmente, em más condições. Conseguimos jogar, criar, igualar as condições. O time está de parabéns pela entrega e principalmente pela vitória – avaliou o goleiro Diego Cavalieri após o jogo. 

O Tricolor volta a campo na próxima quarta (20), contra o Grêmio, no Engenhão, às 22h (horário de Brasília). Já o Caracas visita o Huachipato, no Chile, no mesmo dia, mas às 19h45m. 

Fred garante 

Assim como a irregularidade do gramado sugeria, o jogo foi devagar no primeiro tempo. Apesar das reclamações pré-jogo, o Fluminense tentou se adequar aos problemas enfrentados no Estádio Olímpico, localizado dentro de uma universidade em Caracas. Tocando a bola com calma e esperando as melhores oportunidades, o time conseguiu ter maior posse de bola. E foi criando aos poucos o espaço para o gol. 

Chegou até a ter finalização na trave. Em um dos cruzamentos para a área, a bola sobrou para Fred, que escorou para o meio. Sobis completou, mas parou na baliza. Wellington Nem pegou a sobra, mas o árbitro colombiano José Buitrago assinalou o impedimento. 

Enquanto isso, o perigo na defesa vinha do lado esquerdo, em cima de Carlinhos. Edinho, recuado quase como um terceiro zagueiro, ajudou na marcação, porém o Caracas encontrava espaço para insistir em bolas lançadas na área. 

Para evitar problemas, estava lá Fred, com seu pé direito, para aliviar. Depois de pegar a sobra em um chute de Sobis que tocou na defesa adversária, ele chutou com força, preciso, para abrir o placar, aos 31 minutos. 

Sufoco e pressão do Caracas 

Na volta do intervalo, Abel Braga informou que Carlinhos estava tonto. Monzón chegou a aquecer para substituí-lo, mas o lateral seguiu em campo. Assim como seguiram as insistentes investidas pelo lado direito do ataque venezuelano. A defesa conseguiu se segurar, assim como Diego Cavalieri, em uma boa defesa logo aos cinco minutos. 

Sem muita chance para carregar a bola no gramado, o Fluminense apostou em cobranças de falta e chutes de fora da área. Nada muito eficiente. E, assim como nos últimos anos, a estreia tinha de ser com sufoco, apesar de não ter sido derrotado em nenhuma delas. O técnico Ceferino Bencomo colocou o time para cima. E Abel Braga lançou Valencia no lugar de Wagner, para reforçar o setor defensivo. 

Aos 44 minutos, o desespero bateu à porta tricolor. Valencia deu um chute para o alto, na direção do próprio gol, e Cavalieri pegou a bola – lance parecido com o que Wellington Nem fizera antes e nada fora marcado – e o árbitro assinalou tiro livre indireto. Após bola rolada, Otero chutou rasteiro, muito perto do canto direito do goleiro. Para fora. Alívio e três pontos para o Tricolor.

Fonte: meionorte.com