A Câmara dos Deputados instalou esta semana a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) destinada a investigar a exploração do trabalho infantil no País. Um problema complexo, que atinge milhares de crianças e adolescentes no Brasil e no mundo, comprometendo sua infância e o seu desenvolvimento pleno.

A deputada federal Iracema Portella (PP-PI) defendeu que esse é o momento de reconhecer que o lugar de criança e adolescente é dentro de sala de aula. O papel dessa CPI será também o de garantir um maior diálogo entre pessoas e entidades envolvidas e preocupadas com essa questão- esclareceu.

Iracema afirmou que dados do IBGE indicam que cerca de 3,7 milhões de crianças e adolescentes de cinco a dezessete anos trabalharam no Brasil em atividades econômicas ilegais. Segundo a relatora Luciana Santos, é na época de carnaval que o País registra o maior número de crianças e adolescentes envolvidos no trabalho escravo infantil.

Agora em outubro, o Brasil sediará a 3ª Conferência Global sobre Trabalho Infantil, promovida pelo governo federal, com o apoio da Organização Internacional do Trabalho (OIT).

O encontro tem como objetivo reconhecer e destacar os esforços realizados para combater o trabalho infantil, discutir novas estratégias para intensificar essa luta, avançar os obstáculos e propiciar a troca de experiências entre os países no enfrentamento do problema.

A parlamentar piauiense destacou ser necessário identificar os pontos de atuação dessas crianças para direcioná-las corretamente à educação. Para isso, é necessário conhecer mais profundamente, não somente essa realidade que se impõe no Brasil e que nós sabemos que existe, mas também os programas que visam amenizar esse verdadeiro drama, esse verdadeira chaga social.

“É importante lembrar que para avançar nesse combate, é fundamental discutir novas estratégias como, por exemplo, a municipalização das políticas, a consolidação da Escola em Tempo Integral, o fortalecimento da aprendizagem para adolescentes entre 14 e 18 anos e a ampliação da formalização do trabalho protegido para quem tem entre 16 e 18 anos”, finalizou Iracema Portella.

Fonte: Assessoria de Imprensa