O presidente da Águas e Esgotos do Piauí S/A (Agespisa), Antonio Filho, declarou nesta quinta-feira (31) que fará uma auditoria ambiental para verificar o atual sistema de tratamento e distribuição da água em Teresina. Ele pedirá ainda a coleta e análise das amostras de água para confrontar com os resultados que serão apresentados pela Polícia Federal.
A medida será tomada após a ‘Operação Rio Verde’, que foi deflagrada pela PF na quarta-feira (30) para investigar crime ambiental contra os rios Poti e Parnaíba. Durante a operação, o responsável técnico pela Estação de Tratamento de Água, Kleton Barrata, e o diretor da Agespisa, José Dias, foram presos, mas liberados ainda na noite de quarta-feira.
“Vamos realizar essa auditoria para confrontar com os resultados que a Polícia Federal venha a apresentar quando concluir as investigações, pois ainda não sabemos qual é o objeto da investigação, porque eles disseram que se tratava da poluição dos rios, no entanto, levaram documentos impressos e eletrônicos da empresa”, disse Antonio Filho.
O gestor da empresa negou o fato relatado pela Polícia Federal de que a água estaria sendo distribuída na capital sem o devido tratamento. “Queria esclarecer que a direção da Agespisa tem plena convicção nos relatórios apresentados pelos técnicos da ETA, tanto com relação ao esgoto, tratamento, coleta e distribuição da água e que esses documentos apresentam que a água que chega aos domicílios é 100% tratada”, disse Antonio Filho.
O advogado da Agespisa, Joaquim Almeida, chamou de arbitrária e midiática a prisão dos dois servidores da empresa, o engenheiro sanitarista Kleton Baratta e o diretor José Dias, durante a Operação Rio Verde.
“Não entendo porque eles foram presos se a empresa estava colaborando com as investigações. Eles foram convidados a ir até a Sede da PF e lá tiveram as prisões decretadas. O próprio juiz federal, no ato de relaxamento da prisão, argumentou no sentido de abuso de poder, já que só se pende uma pessoa em duas situações: quando pretende-se encerrar um crime ou quando a liberdade prejudica as investigações. E nenhum dos casos ocorreu. Foi uma ação midiática para chamar atenção da população e dizer que o serviço prestado pela Agespisa não é bom”, disse Joaquim Almeida.
Ainda de segundo ele, familiares de Kleton Baratta conseguiram um habeas corpus e foi posto em liberdade, já José Dias pagou uma fiança de 20 salários mínimos, ou seja, R$ 13.560.
Fonte: G1 Piauí