Paulo Cardoso, à direita, na companhia do prefeito Florentino Neto, em audiência com o governador Wellington Dias
Paulo Cardoso, à direita, na companhia do prefeito Florentino Neto, em audiência com o governador Wellington Dias

O presidente da Companhia Administradora da Zona de Processamento de Exportação (ZPE) Parnaíba, advogado Paulo Roberto Cardoso, falou nesta quarta-feira (25) do estágio atual de implantação da zona de industrialização e livre comércio com o exterior.  “A ZPE Parnaíba é uma realidade”, disse o presidente que também fez uma explanação a respeito da audiência em que, na companhia do prefeito Florentino Neto, foi recebido pelo governador Wellington Dias, no Palácio de Karnak.

A reunião, segundo ele, foi de planejamento de ações para a conclusão e funcionamento da ZPE até o final deste ano. “O governador autorizou a liberação dos recursos para a aquisição de equipamentos necessários ao funcionamento da alfândega da ZPE e a conclusão de obras complementares”, informou Paulo Cardoso.  Ele ressaltou que a alfândega é uma área a ser gerida pela Receita Federal, responsável pelo controle de entrada e saída de mercadorias no espaço da ZPE.

Paulo Cardoso também falou sobre os esforços para atrair empresas para se instalarem logo nesta primeira etapa do empreendimento. “A ZPE Parnaíba tem benefícios fiscais do governo federal, do governo estadual e o município também deverá ter leis para contemplar o setor de serviços dentro da ZPE”, prosseguiu. Quando falou da legislação federal, o presidente Paulo Cardoso se referiu à isenção total de impostos para os 80% da produção que será exportada e também à tributação normal para os 20% da produção que poderá ser comercializada no mercado nacional.

Sobre o Porto de Luís Correia, Paulo Cardoso disse que se trata de um ponto de elevada importância para o desenvolvimento do Piauí, mas que, pelo seu perfil industrial, a ZPE Parnaíba não depende excessivamente dele para exportar, pois já conta com outros modais de transporte, também eficientes. Para exemplificar ele citou a iminência de implantação de uma indústria de produtos farmacêuticos. “O produto farmacêutico tem um valor agregado muito grande, mas, não tem um grande volume, podendo ser exportado através de aeronaves, a partir do nosso aeroporto internacional; os demais produtos podem ser escoados pelos portos marítimos mais próximos, como Itaqui, no Maranhão, e do Pecém, no Ceará”, explicou.

O presidente falou ainda da expectativa que existe da ZPE Parnaíba ser autorizada a receber também empresas da área de serviços do setor de tecnologia da informação. “Parnaíba é uma cidade que já desenvolve pesquisas na área de ciência e tecnologia através das suas universidades e também de empresas privadas”, justificou.

Geração de empregos

O principal benefício da ZPE para a população piauiense deverá ser, segundo o presidente Paulo Cardoso, a geração de empregos. Segundo ele, a expectativa é que nesta primeira etapa sejam gerados cerca de 800 empregos diretos, nas empresas a se instalarem, e outros quatro mil empregos indiretos, fora da área alfandegada. A partir do terceiro e quarto ano de funcionamento, as estimativas são de que os empregos diretos sejam em torno de dois mil e os indiretos algo próximo de 15 mil empregos.

Fonte: Ascom