Em meio a uma nova epidemia de Dengue em vários estados do Brasil, um projeto de extensão da Universidade Estadual do Piauí (UESPI) visa auxiliar no combate e prevenção à proliferação do Aedes Aegypti, vetor de transmissão do vírus da dengue para os humanos.

O Projeto Dengoso investiga como peixes da família poecilidae podem ser usados em programas de controle biológico de insetos transmissores da dengue, zika e chikungunya, entre outras. O peixe é conhecido como “barrigudinho” e substitui, em alguns casos, o uso de inseticidas.

Os peixes dessa família são muito frequentes em todas as bacias dos rios da América Latina, incluindo a do rio Parnaíba. Ocupam águas salobra e doce, exigem pouco oxigênio dissolvido na água, se alimentam de pequenas larvas e se reproduzem rapidamente e originam uma grande quantidade de descendentes.

O resultado é a diminuição do impacto ambiental com a redução da aplicação de inseticidas e por ser uma metodologia eficaz na diminuição de larvas de mosquitos em locais onde a ação do veneno não é eficaz, auxilia na prevenção de doenças transmitidas por mosquitos.

Os peixes passam por um processo de reprodução cuidadosamente monitorado diariamente. Para garantir condições ideais, é essencial proporcionar-lhes um ambiente rico em matéria orgânica. No tanque, é inserido esterco, contribuindo para a fertilidade do meio. Além disso, a manutenção do pH é fundamental, sendo ajustada mediante a introdução de cal na água, assegurando um equilíbrio propício ao desenvolvimento saudável dos peixes.

Tendo como instrumento a educação ambiental, o programa visa também informar as crianças, jovens e adultos de forma a torná-los mais responsáveis com os recursos naturais, conscientizando-os sobre a interdependência econômica, política e ecológica de cada escolha e cada atitude e as consequências para com os locais em que vivemos. Os estudantes engajam-se em diversas atividades tais como teatro, jogos e rodas de conversas.