Foto: Dantércio Cardoso/ Reconstituição da morte de Fernanda na manhã de quinta-feira (29)

Os tão aguardados laudos do Instituto de Criminalística da Paraíba são considerados fundamentais por quem investiga a morte da estudante Fernanda Lages Veras. Principalmente exames de DNA realizados na saliva, urina e em materiais extraídos das unhas da jovem.

O médico legista Antônio Nunes, do IML de Teresina, explica que as análises podem mostrar se havia DNA de outra pessoa no corpo de Fernanda. Havendo essa constatação, o inquérito da Polícia Civil será focado na tese de homicídio. “Se você acha o DNA de um estranho em um corpo, muita coisa pode ser esclarecida”, diz.

O perito enviado pela Paraíba chega à Teresina na madrugada desta sexta-feira (30). Durante o dia ele irá se reunir com representantes do Ministério Público Estadual, da perícia criminal do Piauí, com o médico legista do IML de Teresina e com o delegado Paulo Nogueira, que comanda as investigações. Nesse encontro os resultados dos laudos serão apresentados.

Caberá ao médico Antônio Nunes e ao chefe da perícia criminal do Estado, José Luiz, a análise detalhada dos documentos. O documento conclusivo sobre todos os exames será elaborado durante o final de semana. “A esses laudos da Paraíba vou somar os laudos do IML daqui e vou, no final de semana, confeccionar o relatório”, informa Nunes.

O inquérito que apura a morte de Fernanda Lages é um dos mais instruídos da história. A afirmação é do secretário de Segurança Pública do Estado, Raimundo Leite. A complexidade do caso forçou a Polícia Civil a buscar recursos de outros Estados na tentativa de elucidar o caso.

As investigações devem ser concluídas em até duas semanas. “Na próxima semana ou no início da outra vamos apresentar o resultado dessas investigações. A Secretaria de Segurança, no momento certo, vai mostrar o que aconteceu naquela obra”, diz Raimundo Leite.

A única certeza do IML de Teresina é que Fernanda Lages faleceu em decorrência do impacto causado pela queda do último pavimento do prédio do Ministério Público Federal. “Isso é fato. O óbito se deu pela queda daquela altura. A desaceleração dos órgãos, sinais no próprio crânio da estudante demonstram que houve a queda. Agora se ela pulou, se foi empurrada, aí é outra linha”, afirma o médico legista Antônio Nunes.

Fonte: Portal AZ