O governador Wellington Dias, presidente do Consórcio Nordeste e coordenador do tema da vacina no Fórum Nacional de Governadores, defendeu ontem, durante reunião com o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, em Brasília, que nenhum estado vacine a população contra a Covid-19 sem que outras unidades da Federação façam o mesmo. A proposta do governador é evitar discriminação contra outros estados e permitir que a população de todo o país seja vacinada ao mesmo tempo.

 

No encontro que teve também a presença de vários governadores, Wellington pediu que o Ministério da Saúde coordene a vacinação no Brasil, de forma a evitar que os estados fiquem adotando medidas de imunização de forma separada, como aconteceu no início da pandemia, em que os governadores precisaram negociar separadamente a compra de EPIs e respiradores.

 

“Se São Paulo anunciou que vai iniciar a imunização a partir de 25 de janeiro, então o governo federal tem que garantir que outras unidades da Federação também tenham as mesmas condições”, reclamou Wellington Dias.

 

O governador solicitou ainda que o Ministério da Saúde, por meio da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) conceda uma licença especial para os laboratórios que fabricam vacinas que já foram autorizadas pelas agências reguladoras de outros países, como a fabricante Pfizer, que já está sendo aplicada no Reino Unido e está prestes a ser autorizada pelos órgãos sanitários dos Estados Unidos.

 

 

A ideia é que uma vacina aprovada em países do exterior consiga em 72 horas uma autorização especial para ser usada no Brasil. Wellington Dias defendeu também que o país use vacinas de vários fabricantes, de forma que a imunização alcance mais pessoas em menor período de tempo.

 

“O governo garantiu que vai comprar pelo menos 400 milhões de doses em 2021, para vacinar todos os brasileiros”.

 

O Ministério da Saúde informou que a expectativa é imunizar 109,5 milhões de pessoas em 2021.