Atuação de flanelinhas em Parnaíba segue sem regulamentação
A atividade dos guardadores de veículos, popularmente conhecidos como flanelinhas, ainda ocorre de forma totalmente informal em Parnaíba. Sem uma regulamentação municipal específica, esses trabalhadores permanecem em situação de vulnerabilidade social, enfrentando estigmas, ausência de direitos e risco de criminalização. Ao mesmo tempo, motoristas relatam insegurança ao utilizar o serviço, uma vez que não há regras claras nem fiscalização efetiva.
Apesar da existência de uma lei federal de 1975 que reconhece a atuação de guardadores e lavadores de carros como profissão autônoma, a falta de normatização local impede o ordenamento da atividade. Para o promotor de Justiça Rômulo Cordão, a regulamentação é urgente diante do crescimento urbano e do aumento da frota de veículos em Parnaíba. “É imperioso que haja essa regulamentação, porque o crescimento informal dessa atividade traz prejuízos ao município, aos usuários e aos próprios trabalhadores”, alertou.
Do lado dos flanelinhas, a regularização também é vista como uma forma de dignidade e reconhecimento. Muitos expressam o desejo de acesso a políticas públicas, capacitação e identidade profissional. “Faz tempo que a gente tenta organizar um sindicato. Se a gente trabalhasse com crachá, não existiriam tantos problemas”, afirma José Edmílson, conhecido como Presidente, que atua na área há 32 anos. O aumento da presença desses profissionais em regiões movimentadas da cidade, como praias e centros comerciais, já chama a atenção do Ministério Público, que defende um modelo mais justo e seguro tanto para os trabalhadores quanto para os condutores.
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