A obra do Porto de Luís Correia, a 338 Km de Teresina, está parada há mais de  dois anos e sem previsão para ser concluída, comprometendo o desenvolvimento do estado. Segundo o presidente do principal projeto de fruticultura do estado, o Tabuleiros Litorâneos, José Clarindo de Brito, pela falta da conclusão da estrutura prometido a cerca de 40 anos os produtores são obrigados a gastar mais com o escoamento da produção.

Como o estado não conta com um porto os produtores têm apenas os portos de Pecem no Ceará e Suape no estado do Pernambuco como alternativas para escoar a produção. De acordo com José Clarindo, os gastos extras com a exportação representam um prejuízo significativo para os produtores e para o estado.

“A atração dos produtores para os Tabuleiros Litorâneos foi a promessa de que os investidores teriam como escoar sua produção. Estes investidores acreditavam, como nós piauienses,  na conclusão do porto que infelizmente não foi feito. A situação representa um grande prejuízo, já que o problema faz com que deixemos de atrair novos investidores”, declara.

O Governo Estadual rescindiu o contrato com o consorcio responsável pelas obras e anunciou que uma  outra empresa foi contratada para dar andamento a construção do porto, mas as obras continuam paradas deste 2011. Desde o início da construção, cerca de R$ 400 milhões foram gastos e parte deste valor está sendo investigado pelo Ministério Público.

O MP está investigando denúncias que o dinheiro, oriundo dos cofres públicos, foi gasto de forma ilícita ou até desviado durante as obras. Entre as irregularidades investigadas estão falhas de licitação, estudo de impacto ambiental, além de improbidade administrativa.

Fonte: G1 Piauí